Em primeiro lugar, pela insuficiência de profissionais e recursos para o atendimento à população, percebe-se a falta de verba e investimentos no SUS por parte do poder público, visto que, de acordo com o médico Drauzio Varella, o sistema investe cerca de 103 bilhões de reais, anualmente, direcionados para o atendimento de 75% dos cidadãos, enquanto a saúde suplementar, 90, 5 bilhões de reais para atender apenas 25% da população, no Brasil. Esta carência de recursos prejudica a manutenção de várias unidades de saúde e de todos os serviços ofertados pelo SUS, como a vacinação, que salvam milhares de pessoas diariamente.
Em segundo lugar, a precariedade a que o SUS é frequentemente associado deve-se à má gestão de seus recursos e necessidades. Esta gestão inconsistente, marcada pelo negacionismo, pela inconstância de profissionais no Ministério da Saúde (sendo que a pasta passou por 13 ministros diferentes somente nos últimos dez anos) e corrupção, intensifica a carência de recursos básicos para o atendimento às necessidades da população. Este descaso é retratado, por exemplo, na série da TV Globo “Sob Pressão”, inspirada em um livro homônimo, a qual mostra a rotina de guerra de muitos profissionais da saúde para cuidar de seus pacientes, enfrentando a falta de apoio dos órgãos governamentais, a desvalorização e a escassez de recursos e profissionais que se contrapõe à alta demanda do sistema.
Apesar de todas as dificuldades, o SUS é visto no cenário internacional como uma referência na área da saúde, garantindo o acesso gratuito a medicamentos de doenças como aids, diabetes e asma, à vacinação e procedimentos, como transplantes e transfusão de sangue. Logo, faz-se urgente o direcionamento de mais recursos e de uma gestão séria para o sistema, por meio de um projeto de lei entregue à Câmara dos Deputados protagonizado pelos Ministérios da Economia e da Saúde. O principal intuito seria investir na captação e formação de mais profissionais, bem como em maximizar o alcance e a capacitação das unidades de saúde pública. Ademais, é imprescindível a mobilização da população, da mídia e dos profissionais da saúde, por meio de campanhas nas redes sociais com o uso de hashtags, por exemplo, a fim de incentivar e ressaltar a importância do SUS, pressionando o poder público a priorizá-lo, tendo em vista seu papel primordial na sociedade brasileira. Assim, será possível garantir, de fato, o acesso igualitário à saúde de qualidade a todos os brasileiros, como previsto na Constituição.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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