Na realidade, temos vítimas sendo julgadas no lugar de seus agressores. Para cada denúncia feita, dez mulheres são silenciadas por medo, vergonha e, absurdamente, culpa. Enquanto isso, estupradores brancos e ricos paressem muitas vezes não ser passíveis de punição. Como bem disse o pensador Eduardo Galeano: A justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços. Nesse viés, isso não poderia ser mais verdadeiro.
As causas do estupro e do silêncio de suas vítimas estão diretamente atreladas. O machismo que faz com que um homem se considere superior a uma mulher, de tal maneira que chegue a considerar -se no direito de estuprá-la, esse machismo é o mesmo que cala as inocentes, o medo de julgamento que as atinge de maneira perversa combinada a culpa por algo que nem sequer cometera, quando, aos olhos da sociedade, a vítima é velada de causa e seu agressor é revestido de nova vítima. Da mesma forma que o machismo, a ineficiência da justiça brasileira em responsabilizar culpados e assistir e proteger vítimas incentiva os citados comportamentos de ambas as partes. Ao agressor, é concebido um poder ornamentado e abstruso.
A cultura do estupro é sustentada por raízes profundas e difíceis de cortar, mas é possível fazer uma "quase" supressão, desagravar o problema ao máximo possível, pouco a pouco, como qualquer evolução social. Desde a educação de nossas crianças para a construção utópica de uma sociedade não machista até uma reforma acentuada nos atuais mecanismos da justiça. Podemos nunca ter uma vítima derradeira, mas existem maneiras de desonerar o poder outrora dado aos agressores para, por fim, dar voz às vítimas.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 190
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 170
Você atingiu aproximadamente 90% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 90
Você atingiu aproximadamente 50% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, ou seja, os argumentos estão pouco articulados, além de relacionados de forma pouco consistente ao ponto de vista defendido.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 120
Você atingiu aproximadamente 60% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula de forma mediana as partes do texto com inadequações ou alguns desvios e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 90
Você atingiu aproximadamente 50% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. O participante elabora, de forma mediana, pouco consistente, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.