O assédio sexual, ato de constranger alguém a fim de se favorecer sexualmente, se encontra presente na sociedade nos mais diversos cenários, no entanto, certos locais facilitam tal prática por serem compostos por uma hierarquia de chefe e funcionário como no ambiente de trabalho. As vítimas dessa problemática além de possuir sua dignidade ferida, não encontram o menor apoio e acabam se calando, já que o fato é mascarado e deixado de lado como se não existisse.
De acordo com a Constituição dos Direitos dos Trabalhadores promulgada em 1988, todo cidadão tem direito a segurança no trabalho. Desse modo, a perseguição sexual nesse âmbito viola totalmente a lei supracitada. Vale destacar que uma grande parcela dos indivíduos que sofrem assédio são compostas por mulheres, em alguns casos nem aquelas que se encontram em um poderoso cargo escapam, sendo humilhadas diariamente pela falta de ênfase e atenção nesse problema bastante comum.
É de extrema relevância dizer que o assédio no trabalho é um mau bem maior do que mostrado na mídia e no dia a dia, isso graças a omissão que alimenta a prática criminosa. Segundo a pesquisa realizada pela OIT (Organização Mundial do Trabalho), mais de 50% das mulheres em todo o mundo já sofreram assédio em seu trabalho e apenas 1% das mesmas denunciaram. Dado este que evidencia o quão a problemática é mascarada, tanto pelas pessoas que presenciam a prática, quanto pelas vítimas que não procuram seus direitos por sentirem vergonha, por não serem levadas a sério ou até mesmo por pensarem que as piadinhas ouvidas não são nada demais.
Portanto, é indiscutível o fato de que o assédio no meio trabalhístico necessita de mais visibilidade e atenção. Uma medida eficaz para combater esse problema é a criação de um canal seguro e ético implementado pela própria empresa, a fim de receber denúncias vindas pelos funcionários que receberão o devido apoio psicológico de modo que os mesmos se sintam confortáveis para realizarem suas acusações para que assim, possam ser tomadas medidas contra o assediador.