Com o avanço abrupto da pandemia, muitas esferas sociais foram atingidas. Uma delas, a educação, passa a ocupar as plataformas digitais. Durante o contexto atual, o ensino à distância tornou se uma ferramenta essencial para a disseminação dos processos educativos, entretanto o mesmo depende do uso da internet e de meios tecnológicos para seu desempenho. Isso se torna um problema quando grande parte da população brasileira não possuem um acesso efetivo aos meios de conexão necessários para seu aprendizado, causando assim uma defasagem e formação de lacunas no âmbito escolar.
É inadmissível a falta de aquisição sobre o conhecimento por parte de um indivíduo, independente de sua condição e posição financeira. A desigualdade social que norteia essa falta, está presente na precariedade de conexão com a internet, na falta de equipamentos que possibilitam essa aproximação do ensino ao estudante, e também no despreparo de profissionais para lidar com essa nova modalidade.
Essa carestia é causadora da criação de um indivíduo que não se reconhece como agente de mudanças no meio em que vive e sem uma consciência de seus direitos, deixando ao acaso a sua identidade como cidadão. Segundo o ex presidente e importante líder africano, Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo, mas o que se dizer quando este principal artifício, hoje, se limita a uma rede de "wifi", estando fora do alcance de grande parte dos estudantes brasileiros, que dependem de preleções presenciais. Em resultância desses fatos, muitos jovens se veem desmotivados e não capacitados para um futuro cultural e profissional, recorrendo na maioria das vezes, a evasão escolar e a desistência de projetos de vida que seriam garantidos por meio da conclusão de seus estudos.
Levando em consideração todos esses aspectos, faz se necessário uma intervenção, por parte do ministério da educação em parceria com escolas e famílias, através de propostas e ações que levem a educação às comunidades desprovidas de uma assistência tecnológica, com o intuito de democratizar o ensino à distância e visando o cumprimento dos direitos concebidos a cada indivíduo de uma sociedade, tornando possível a transformação deste por meio da didática.