Os melhores na selva!

Tendo em vista que o Brasil faz fronteira com o Paraguai, um dos maiores produtores de maconha da América Latina, com a Colômbia e Peru, maiores produtores de cocaína do planeta, e é o 2º maior consumidor de cocaína do mundo, o narcotráfico não vai parar em nossa nação. Diante dessa realidade, é importante que nossa nação aja de maneira diferente para com o combate às drogas. Assim, convém analisar fatores que intensificam a exponencial presença dessa problemática, como a fácil comercialização e a localização espacial brasileira.

Inicialmente, a venda de entorpecentes nas regiões urbanas é recorrente. Além disso, por seu efeito psicológico relaxante, muitos usuários procuram-nas ora para afastar o sofrimento ora por não conseguir largar o vício, devido à dependência causada por este tipo de substâncias. Por esse motivo, é frequente a ocorrência de jovens usando drogas lícitas mais comuns, começando pelo álcool, por exemplo, e futuramente procurando por drogas com efeito mais alucinógeno – característica de drogas ilícitas – conforme informa o escritor e cientista Drauzio Varella. Diante disso, diversos indivíduos experimentam, ou já experimentaram, algum tipo de entorpecente na vida, caracterizando assim, um aumento no mercado ilícito.

Além disso, a região da tríplice fronteira amazônica – Brasil, Peru e Colômbia – é complexa de ser controlada. Diante disso, é por lá que muitos traficantes importam drogas para o Brasil, pois conseguem atravessar a fronteira rapidamente através das linhas fronteiriças imaginárias e da vasta vegetação amazônica: que dificulta o controle de migração. Embora o Brasil seja a Nação com maior poderio militar da América Latina, segundo GFP ranking, e a mais bem preparada, no mundo, em guerrear na selva; controlar por completo as imensas áreas de fronteira tem-se demonstrado uma utopia. Parafraseando uma publicação da revista “Hoje em Dia”, tem-se que o narcotráfico é um mercado bilionário, e assim, é preciso findar com a guerra às drogas.

Depreende-se, portanto, a importância em corrigir questões de saúde e economia que estão vinculadas com a circulação de narcóticos. Para isso, cabe ao Governo investir na construção de clínicas de saúde, por meio de consultas periódicas, objetivando apoiar o dependente em perder o vício. Ao alcançar esse objetivo, a população brasileira terá maior apoio e motivos para impedir o vício de entorpecentes. Resumidamente, a circulação de drogas dentro do território brasileiro precisa ser corrigida não através de guerra – que acaba matando inocentes – mas descriminalizando o uso de drogas.