Segundo Aristóteles, "A base da sociedade é a justiça". No entanto, o contexto do Brasil atual é inegavelmente dissociado deste pensamento, uma vez que a persistência da violência contra a mulher monstra-se como uma questão de injustiça, o que desestrutura a base da sociedade brasileira. Diante dessa perspectiva, percebe-se a consolidação de um grande problema em virtude da insuficiência legislativa e a sensação de superioridade.
Sob esse viés, é preciso atentar-se para a insuficiência legislativa presente na questão. O filósofo, John Locke, defende que, "As leis fizeram-se para os homens e não para as leis." Ou seja, ao ser criada uma lei, é preciso que ela seja planejada para melhorar a vida das pessoas em sua aplicação. Entretanto, no impasse da violência contra a mulher, a legislação não tem sido suficiente para a resolução do problema.
Além disso, é perspicaz considerar que a sensação de superioridade também configurasse como um entrave no que tange a problemática. No filme "O menino do pijama listrado", de 2008, é representado aos telespectadores o que seria a Teoria de Eugênia, onde o controle social se é estabelecido apartir da seleção de aspectos considerados melhores. Fora da ficção, ainda perpétua tal princípio, pois, mulheres são banalizadas pelo simples fato de serem mulheres,
assim como no filme pessoas eram mortas por serem judeus.
Portanto, torna-se imperativo a agilização de medidas preventivas. É necessário, que o Ministério da Cultura, em parceria com mídias de alto alcance, promova propagandas e campanhas a respeito da persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, afim de conscientizar as pessoas de seus direitos e deveres, como de ir e vim, e o de denunciar. Feito isso, poderá se dizer com mais franqueza que os direitos fundamentais são direitos de todos.