Na obra “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é descrita a vida de uma pobre família que vive passando dificuldades no sertão nordestino. Fora da ficção isso também ocorre na realidade. É possível observar que a pobreza e a humildade são muito mais presentes no nordeste do que no sudeste, em que as pessoas vêm em busca de oportunidades. Dessa forma, observam-se contraposições entre as regiões do Brasil, portanto, os desafios para reduzir a desigualdade do mesmo envolvem a ausência de interesses de líderes políticos e o preconceito da sociedade que sempre existiu.

  Os dirigentes governamentais não possuem interesse em diminuir as diferenças existentes. Governos recentes não fazem nada para reduzir a disparidade, haja visto  como dizia o sociólogo polonês Zygmunt Bauman: “Uma sociedade que esquece a arte de questionar, não pode esperar respostas para seus problemas”. Ou seja, se eles não intervirem com propostas e leis rígidas para esses problemas, há uma maior tendência na violência e mais preconceito.

  A sociedade, desde sempre, possui prejulgamento com pessoas de regiões menos ricas, por conseguinte, aumenta à aversão já existente em nossa sociedade, apenas pelo motivo de pessoas serem de gêneros diferentes, ou até mesmo cores diferentes, sendo esse último a causa mais comum. Um exemplo disso seria na primeira votação popular, em 1891,quando o Brasil estava se tornando República. Nela, 1% da população participou sendo elas brancas e alfabetizadas e o resto não, já que eram negros analfabetos que tinham acabado de se tornar cidadãos devido a aprovação da Lei Áurea, em 1888.

  Portanto, para que obstáculos sejam vencidos cabe ao Governo criar e aplicar leis mais rígidas, em parceria com cidades e municípios menos desenvolvidos com o objetivo de investir mais na educação, no turismo para proporcionar mais renda e infraestrutura, tencionando na diminuição do preconceito existente na sociedade.