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Por Felipe082
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#57929
Exercícios fáceis: exercicios-faceis-de-interpretacao-de-t ... tml#p54437
Exercícios fáceis para médios: post65384.html#p65384
Exercícios médios: exercicios-medios-de-interpretacao-de-t ... tml#p57678
Exercícios médios para difíceis: post65460.html#p65460

Questão 01
Dizem que quando faltam nomes é porque sobram contradições. O termo feminicídio, por exemplo, só foi criado no Brasil em 2015. Sete anos é quase nada para um país que gosta de alardear que teria sido "descoberto" em 1500, numa época em que, como dizia o poeta Oswald de Andrade, "os índios já haviam descoberto a felicidade". Também não há no país instituições de Estado dedicadas à população trans e as que existiam foram desmontadas pela gestão atual que claramente advoga contra esse tipo de causa e discrimina seus agentes sociais. Tudo caminha a passo de tartaruga, e o que é pior, a violência física e moral contra essas pessoas é constantemente naturalizada, como se fosse invisível na paisagem cultural. Mas essa não é uma mera conjectura. É uma realidade cotidiana nesse país conhecido por atentar contra a vida e a identidade das populações LGBTQ+. Priscila Diana, que com seus 43 anos é a primeira mulher trans da Polícia Militar de Santa Catarina, continua lutando para que a corporação cumpra com essa que é uma ordem judicial.
Priscila é sargento, ou sargenta, para adotarmos uma posição política e simbólica mais definida nessa nação em que gênero neutro é sempre masculino. Ela entrou com pedido na Justiça para que a PM fosse obrigada a mudar seu nome funcional do masculino para o feminino; demanda que foi acatada pelo judiciário.
A policial já havia alterado a identificação em todos os seus documentos, menos na sua carteira de identidade militar e no sistema do banco de dados do trabalho por conta da teimosia da PM. Priscila ainda espera por uma decisão da corporação que vem descumprindo, sistematicamente, uma ordem judicial. Ela alega também que a atitude a obriga a conviver com um nome que não é seu, mas que continua presente no seu crachá e no contracheque que recebe por seu trabalho.
(...)
Estamos lidando, portanto, com um processo de longa duração que revela formas de subordinação e de humilhação presentes num pretenso detalhe: guardar ou perder o nome de identidade e de identificação pessoal.
A batalha de Priscila não pode ser apenas dela. Também não pode ser somente daquelas e daqueles que se encontram em situações semelhantes. Essa é uma batalha da cidadania brasileira que precisa lutar por uma sociedade mais justa e plural. Já a morosidade da caserna é reveladora do padrão misógino vigente na PM, o qual, aliás, mais se parece com um espelho da sociedade brasileira que a corporação que representa. A Polícia Militar deveria ser a primeira a adotar o nome correto de Priscila, mas prefere ser a última.
<https://www.uol.com.br/universa/colunas ... -na-pm.htm> Acesso em 05/04/2021
A historiador Lilia Schwarcz destaca, principalmente:
a) A oposição entre a atuação proativa do Poder Judiciário e a resistência discriminatória da Polícia Militar.
b) A tentativa de Priscila de combater estereótipos de gênero que oprimem as mulheres trans.
c) O preconceito sofrido pelo gênero feminino em instituições misóginas, como a Polícia Militar.
d) Os desafios que a primeira sargento trans da corporação enfrenta para ter sua identidade de gênero reconhecida.
e) Os entraves que surgem durante o processo de autoaceitação das mulheres trans dentro de ambientes predominantemente masculinos.

Questão 02
Mirela, uma mulher inteligente e bem-sucedida, conhece Pedro pelo Tinder. Eles se envolvem, ela se apaixona e Pedro, de repente, desaparece. E Mirela fica angustiada sem saber o motivo do abandono sem maiores explicações. No livro da escritora Natalia Timerman, "Copo vazio", a personagem principal, assim como muitas mulheres, sofre um "ghosting" (em português, algo como "tornar-se fantasma"), o que nas relações modernas, significa "levar um fora" sem que haja um término - a pessoa, do nada, some de sua vida.
Natalia é psiquiatra pela Unifesp e mestre em psicologia e doutoranda em literatura pela USP. Em 2019, sua coletânea de contos "Rachaduras" foi finalista do Prêmio Jabuti, uma das principais premiações da literatura brasileira. Dois anos antes, ela já havia escrito "Desterros", em que relata as incertezas, angústias e sofrimentos do sistema carcerário nacional.
Em "Copo Vazio", Natalia escreve sobre a brevidade dos relacionamentos modernos, mas não se limita a isso. O romance se propõe a investigar como as mulheres contemporâneas lidam com o abandono. Comparada com Elena Ferrante, popular autora italiana e uma das mais contempladas da atualidade, a escritora brasileira escreve 140 páginas sobre um assunto que há tempos permeia o imaginário feminino e confronta até a mais feminista das militantes: por que dependemos tanto de relações amorosas?
<https://www.uol.com.br/universa/noticia ... merman.htm> Acesso em 01/04/2021
A partir dessas informações, é possível afirmar, corretamente, que:
a) A autora explica, por meio de uma discussão filosófica, a dependência que as mulheres têm de relações amorosas.
b) A obra da psiquiatra aborda os relacionamentos contemporâneos sob uma perspectiva feminina.
c) O abandono de Mirela representa, de forma metafórica, o descaso da sociedade com questões de gênero.
d) Utilizando Pedro como modelo, “Copo Vazio” tece críticas à conduta egoísta do homem moderno.
e) Visando à supressão da angústia, Natalia propõe uma dissociação entre feminismo e amor.

Questão 03
Pai, Pai!
Afasta de mim esse cálice (Pai!)
Afasta de mim esse cálice (Pai!)
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
<https://www.musixmatch.com/pt-br> Acesso em 15/02/2021
A ideia de Cálice nada mais é que um jogo do compositor para driblar a censura. Inclusive, a metáfora do cálice só é utilizada no refrão e em poucos versos.
<https://www.letras.mus.br/blog/analise-musica-calice/> Acesso em 15/02/2021
É possível inferir, corretamente, que:
a) A opressão governamental é denunciada de maneira implícita, por meio de figuras de linguagem.
b) A repulsa ao militarismo exacerbado está fortemente presente na canção.
c) Em um ato de resistência, os compositores criticam abertamente a ditadura e a censura vigentes na época.
d) Há nos versos sobretudo uma oposição velada à violência, representada pelo cálice de sangue.
e) O eu lírico expõe sua apreensão quanto aos problemas sociais do país.

Questão 04
Dois moradores da cidade de São Paulo mudaram-se para uma casa alugada em São Sebastião, no litoral paulista. Queriam ficar longe da covid-19, mas ficaram perto das matas e contraíram malária.
No estado de São Paulo, de janeiro a abril deste ano, outras três pessoas foram diagnosticadas no Núcleo de Estudos em Malária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP) após se infectarem no Parque Nacional Serra da Bocaina e em um condomínio arborizado, ambos no município de São José do Barreiro, e em uma trilha próxima a um camping em Mogi das Cruzes. Em agosto de 2020, essa equipe diagnosticou malária na atriz Camila Pitanga e sua filha de 12 anos, ambas isoladas em uma área de Mata Atlântica no litoral paulista.
"É muito provável que os parasitas tenham sido transmitidos aos pacientes a partir de primatas que vivem nas matas e servem de reservatório para Plasmodium", conclui a bióloga Silvia Di Santi, pesquisadora da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e do Instituto de Medicina Tropical da FM-USP. "Em todos os casos as pessoas infectadas tiveram contato com a Mata Atlântica e não foram encontrados doentes vindos de área de transmissão, como a Amazônia ou outros países".
(...)
Com sua equipe e colegas de Santa Catarina, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, ele verificou que os genomas (conjunto de genes) de P. simium, a espécie mais encontrada em bugios e macacos-prego da Mata Atlântica do Sudeste, e de P. vivax são muito similares. Portanto, o primeiro seria uma derivação, com alguma diferenciação genética, de P. vivax que se adaptou aos mosquitos e a macacos da Mata Atlântica do litoral.
<https://www.uol.com.br/vivabem/noticias ... alaria.htm> Acesso em 01/06/2021
O texto ressalta:
a) A descoberta de que a Mata Atlântica é o maior foco de malária no Brasil.
b) A elevada incidência de malária em regiões distantes dos grandes centros urbanos.
c) A relação entre as características do ecossistema e a adaptação do Plasmodium.
d) As mutações genéticas sofridas pelos mosquitos que transmitem malária.
e) O aumento da quantidade de casos de malária durante a pandemia do coronavírus.

Questão 05
Desde a primeira edição do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), em 2000, o sistema educacional da Finlândia vem sendo classificado entre os melhores do mundo. O ranking elaborado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, compara o desempenho de países e regiões administrativas de todo o planeta na educação.
(...)
Na Finlândia, não há repetência e a taxa de evasão na educação básica integral é muito baixa. Mais de 99% dos estudantes concluem os nove anos desse ciclo.
Segundo Palmqvist, o ideal de uma educação para todos é o que faz com que o sistema seja inclusivo. Para ela, a inclusão é um dos pontos fortes do sistema finlandês.
"Acreditamos que cada indivíduo se beneficiará em obter a melhor educação possível. A gente não sai classificando as crianças, dizendo que uma não pertence ou que outra só precisa de tal tipo de educação. Todo mundo recebe a mesma educação e quem precisa de auxílio recebe muito apoio para chegar a um determinado nível. Não deixamos ninguém para trás, mantemos todos a bordo", disse a conselheira de educação.
Escolas finlandesas também estão adaptando seu espaço fisicamente em busca de maior flexibilidade. Em lugar da sala de aula tradicional, estão adotando o modelo aberto, ou "open plan", sem paredes ou divisões definidas entre corredores e salas de aula e com um mobiliário formado por itens como pufes e sofás, em vez das tradicionais carteiras.
Qualquer criança que não esteja tendo um aprendizado satisfatório é encarada como tendo necessidades especiais e passa a receber maior suporte dos professores e da escola. A forma de ensino se adequa a essas necessidades, buscando encontrar uma maneira de fazer com que cada indivíduo aprenda. A maior parte das crianças e jovens com deficiência no país estudam em escolas convencionais, que buscam integrá-los sempre que possível.
<https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-not ... -mundo.htm> Acesso em 15/02/2021
O texto ressalta, principalmente, o(a):
a) Caráter inclusivo de um sistema de ensino pautado em necessidades individuais.
b) Liderança da Finlândia no Pisa devido ao excelente desempenho educacional do país.
c) Pioneirismo das escolas finlandesas na busca por métodos inovadores de aprendizado.
d) Segregação entre estudantes com base na diferença de nível de conhecimento.
e) Sucesso da educação finlandesa a partir da abolição dos métodos convencionais.

Questão 06
Maria Helena Rosa, de 54 anos, trabalha há quase 8 na equipe de limpeza da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Mas em 2021 ela transformou sua relação com a universidade e irá conciliar o trabalho no campus de Bauru, no interior de São Paulo, com as salas de aula da faculdade de biologia.
Em entrevista ao UOL, a faxineira contou que buscava a vaga desde 2017, quando começou a aproveitar oportunidades no próprio ambiente de trabalho: o PEJA (Projeto Unesp de Educação de Jovens e Adultos), em que monitores dão aulas de conceitos básicos para os inscritos, e o cursinho preparatório Primeiro de Maio, um outro projeto de extensão da própria universidade, já voltado ao vestibular.
"É uma trajetória bem complicada, né, para falar a verdade. Eu trabalho na Unesp por uma terceirizada, então meu horário de trabalho é das 6h30 às 15h30, e eu vi lá que tinha oportunidade de estudar", conta Maria Helena. "E eu conciliava os três, os dois cursos e o trabalho. Das 15h30 às 17h, eu fazia o PEJA, e aí 19h eu ia pro cursinho", explica ela.
A caloura do curso de licenciatura em biologia conta que sempre recebeu apoio das professoras dos preparatórios e que gostava de "voltar ao passado" ao relembrar as matérias que viu durante a juventude, mas sempre com o objetivo de concluir sua trajetória com uma aprovação no vestibular.
"Logo no início eu pensava que queria tentar fazer faculdade de arquitetura, mas aí optei mesmo por biologia, porque eu adoro plantas, animais. Foi uma coisa que eu coloquei na minha mente e falei: 'é nesse caminho que eu vou'. E fiquei 4 anos nessa luta até conquistar esse espaço maravilhoso", comemora Maria, que foi aprovada na primeira chamada no vestibular de 2021.
Ao ser questionada sobre sua reação ao ver a lista de aprovados, ela confessa que não estava confiante durante todo o processo, mas que a notícia foi recebida com uma comemoração na própria universidade.
"Eu fiquei muito tensa. Porque foi assim: 'eu prestei o vestibular pensando: 'ah, se não der certo eu tento ano que vem'. Por que eu sou assim, teimosa, eu gosto de desafios bons. Aí eu fiz a primeira fase. Quando eu vi: 'aprovada para a segunda fase', pra mim a Unesp ficou assim uma coisinha pequenininha. Aí eu pensei: 'ai, será que eu tenho bagagem suficiente para passar da segunda fase?'. E ficava guardando aquilo dentro de mim, preocupada", lembra a estudante, que era tranquilizada pelo filho.
Maria conta que pensou em não abrir o resultado no dia da divulgação da lista, mas que foi incentivada pelo chefe do Departamento de Química da Unesp, onde trabalha.
"Quando eu abri, foi uma surpresa. Eu sentei e falei pra ele assim: 'dá uma olhada'. Aí eu dei um grito e falei: 'a Unesp ficou pequena pra mim'", brinca a universitária. "Eu amei, e agora é seguir em frente, né? Conquistei essa tão sonhada chance de entrar em uma faculdade", completa.
<https://noticias.uol.com.br/cotidiano/u ... espaco.htm> Acesso em 03/06/2021
O texto:
a) Descreve as circunstâncias em que Maria dedicou-se à preparação para o vestibular.
b) Enaltece o esforço de Maria para conciliar o trabalho aos estudos desde 2017.
c) Enfatiza os desafios que precederam a aprovação de Maria na faculdade de biologia.
d) Evidencia que a resiliência permite que pessoas como Maria ingressem na universidade.
e) Revela a gratidão de Maria aos professores que a apoiaram em sua trajetória.


Gabarito:


01. d)

02. b)

03. a)

04. c)

05. a)

06. a)


Qualquer dúvida, pode me chamar (@Felipe082).
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