Já dizia Patativa do Assaré em seu poema "Sou fio das matas, canto da mão grossas, trabáio na roça, de inverno e estio...". Exibe-se nesse poema o quão grande era o preconceito linguístico ou linguagem não-padrão.
Marcos Bagno em 1999 lançou seu livro "Preconceito Lingüístico : O que é, como se faz" voltado para inclusão social, reconhecimento e valorização da diversidade cultural brasileira. O país apresenta dimenssões continentais e embora todos falamos a língua portuguesa, ela apresenta diversas variações em particularidades regionais.
No Brasil Colônial (1532-1822) indiginas e africanos juntos formavam 70% da população, enquanto os portuguêses europeus e seus decendentes ocupavam 30% dela. Podemos assim afirmar que esse fator demográfico indica que a massa, adquiriu a língua hegemônica da colonização português europeu. Para o sociólogo Karl Marx, os meios de comunicação de massa são instrumentos utilizados para propagar o que a classe dominante considera aceitavel. Nesse sentido nota-se que a mídia é uma das grandes propagadoras desse preconceito, ao invés de desfaze-lo ela o fomenta de forma humorística fazendo com que a sociedade faça o mesmo.
Em virtude dos fatos mencionados podemos dizer que não existe "certo" ou "errado" mas sim de falas de acordo com aquilo que sua cultura, região ou classe lhe proporciona. É importante entender que nosso português e diversificado mas é necessário sim, uma padronização de escrita.