Cara dona Bia Doria,
Para começar, já lhe digo que, como morador de rua, me senti ofendido com suas palavras. Sei que não liga para isso, afinal sou só mais um "preguiçoso" que mora nas ruas porque não quer arranjar emprego. O jeito que a senhora fala é um problema e para mudar seu pensamento sobre nós, vou dizer o que é preciso ser feito no país para que o número de pessoas nas ruas diminua.
Como muitas pessoas, acredito que a senhora, já deve ter se perguntado o porquê dos Estados Unidos, por exemplo, ser um país mais avançado e com pouca pobreza. O país deles está à frente do Brasil porque lá eles valorizam o aprendizado e as escolas públicas batem de frente com as particulares. Aqui essa comparação não é possível de se fazer, já que os alunos de baixa renda, que são obrigados a estudarem em escolas públicas, não são incentivados a estudar e passam dias à mais sem aulas porque os professores não recebem salário.
Dessa forma, acredito que a senhora não tem o direito de falar mal das assistências que recebemos como a do padre Júlio Lancellotti, porque você é alguém que, muito provavelmente, nunca passou por dificuldades financeiras ou ficou dias sem se alimentar. Além disso, seu marido é alguém da política brasileira e a senhora sabe bem que a grande maioria dessas pessoas não fazem nada para mudar essa situação do país, porque tudo que querem é arrancar dinheiro da população. Com as assistências que recebemos nos sentimos, por menor tempo que seja, alegres de novo, porque existe alguém que realmente se importa e quer ajudar.
Portanto, afim de melhorar o país, é preciso mudar a educação e o pensamento de pessoas como a senhora. Quem sabe assim nós não paramos de ser "preguiçosos" e passamos a trabalhar ou ao menos estudar em universidades renomadas para em um futuro, ter uma vida de conforto. Ao invés de criticar as assistências, que tal ajudar a tornar o mundo melhor? Afinal, a senhora pode ser um bom meio para isso, já que tem contato com pessoas que podem melhorar toda essa situação.
Grato pela atenção,
Um morador de rua.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada