- 01 Abr 2021, 11:48
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As redes sociais influenciam o crescimento do número de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, principalmente aos jovens, que é o principal público alvo das redes. Com essa grande divulgação de tais procedimentos estéticos por influenciadores digitais a banalização das cirurgias plásticas vem sendo um assunto muito sério. Os referidos influenciadores realizam os procedimentos em permuta, ou seja, não pagam pelas cirurgias em troca de divulgar as clínicas de estética e do médico para seus seguidores (algo completamente anti-ético deixando em evidência que não deveria confiar em profissionais como esse), e deixam de lado a parte que realmente importa como os ricos envolvido no procedimento, as dores do pós-operatório, as complicações de cicatrização, e outros aspectos negativos do processo. Isso ocorre por uma padronização de homens com corpos torneados e mulheres magras com o nariz perfeito e cabelo liso comprido estampando o ideal de perfeição. No mundo real esse padrão é quase impossível de ser atingido ou muitas das vezes não é real, resultando então na grande procura por cirurgias ou em pessoas frustradas por nunca alcançar o que é imposto pela sociedade. Nessa busca por se assemelhar a tal padrão,essas pessoas vão atrás das influenciadoras para fazer os procedimentos cirúrgicos arriscando suas vidas ou desenvolvendo doenças como bulimia, anorexia ou até mesmo depressão. É preciso, portanto, que se reflita sobre essa representação do belo que nos é imposta a cada dia, o primeiro passo é se aceitar entender que existem diversos corpos e rostos, e nossas diferenças são que faz cada um especial e belo do seu próprio jeito. Aceitar-se é um processo de evolução. Nesse movimento para a aceitação, também deve estar o apoio dos agentes sociais. As escolas precisam levantar esses questionamentos e debater sobre esses padrões impostos. A mídia, deve assumir sua responsabilidade enquanto formadora de opinião e promover reflexões e mostrar sua realidade sobre o assunto.