É evidente que a violência doméstica é um problema que a sociedade enfrenta desde sua formação. Está problemática não pressupõe apenas a agressão física, que pode levar a vítima à morte, como também a psicológica e moral, que ainda são presentes na vida de muitas mulheres, sendo que, atualmente, perante a pandemia do Covid-19 essas necessitam ficar em casa e, por consequência, acabam estando expostas mais facilmente a esse tipo de agressão.
A princípio, é importante ressaltar que em toda a história da humanidade nunca houve uma sociedade igualitária, principalmente ao tratar de gênero.
Desta forma, o livro "Cavalos Partidos" de Jeannette Walls mostra como as mulheres foram degradadas e como a sociedade patriarcal formou estereótipos, expressando como as mulheres deveriam ser nos anos 1930.
Portanto, quase 100 anos se passaram e a mulher ainda tem a obrigação de viver da forma cautelosa.
Segundo pesquisas, no Brasil, 5 mulheres são espancadas a cada 2 minutos, sendo na maioria das vezes vítimas de seus companheiros ou ex-companheiros. Além disso, um quinto do absenteísmo é causado por violência doméstica. Levar em consideração o fato de que a situação é normal faz com que seja um evento.
Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas do Brasil dificultam a eliminação da violência contra as mulheres no país. Para que essa eliminação seja possível, a mídia deve deixar de usar sua capacidade de divulgação de informações para promover a objetificação das mulheres e passar a utilizá-la para divulgar a campanha do governo para condenar a agressão contra as mulheres.
Além disso, é necessário que o Legislativo promova projeto de lei para aumentar a punição aos agressores, o que pode reduzir a reincidência. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação. ”