Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, não são as crises que mudam o o mundo, mas a reação à elas. Contudo, mesmo após a conscientização dos fumantes sobre o efeito da utilização do fumo, há ainda um grande número de consumidores no Brasil, devido à glamurização dessa prática. Portanto, faz-se necessário analisar causas e consequências dessa crise tabágica.
A priori, é preciso saber que, apesar de ser lícito, o tabaco possui efeitos tão ruins quanto os das drogas ilícitas. Sabendo disso, o governo investiu intensamente na informação das consequências do uso do fumo, entretanto não foi o suficiente para impedir seu consumo e comércio. Uma das principais causas desse consumo intenso é o incentivo à ele pelos filmes. A mensagem transmitida por eles é de que quem fuma é "foda" e descolado. Devido a essa influência negativa, muitos indivíduos se tornam reféns do tabaco.

Ademais, as consequências do tabagismo vão além do vício. Um exemplo é o prejuízo à saúde, o fumante pode desenvolver câncer e doenças respiratórias. Outrossim, fumar ataca também os passivos, que mesmo não fumando são afetados pela fumaça advinda do fumante ativo. A necessidade de investimentos na saúde pública para tratar fumantes caracteriza o tabagismo como um problema de saúde pública, uma vez que os investimentos poderiam ser feitos em outras áreas caso o tabaco não fizesse parte da realidade do brasileiro.

Dessa forma, é mister que providências sejam tomadas. Para que o Brasil se torne livremente do fumo, é necessário que o Ministério da Saúde, juntamente com as famílias e escolas, invista na conscientização das crianças, para que por meio dela as crianças cresçam sabendo que não devem se tornar fumantes. Apenas assim haverá uma real mudança e a crise tabágica terá um fim.