Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa quantidades absurdas lixo fomentadas pelo consumo social, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática sendo essa problemática persistente intrinsicamente ligada à realidade do país, seja pela apatia governamental com relação ao assunto, quanto do estímulo ao consumo exagerado presente na sociedade. Diante disso, torna-se fundamental a discussão sobre esses promotores de tal problemática, a fim de pleno funcionamento social.
Precipuamente, é fulcral pontuar a ausência de medidas governamentais para combater o excesso de lixo como propulsora desse problema. Nesse sentido, a perpetuação da degradação do meio ambiente em virtude do excesso de lixo vai permear na sociedade brasileira, essa conjuntura, segundo o filósofo contratualista John Locke, configura-se como violação do "contrato social", já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis como o bem-estar social, o que infelizmente é evidente no nosso país.
Ademais, é fundamental pontuar o consumo exagerado presente na sociedade como propulsor do excesso de lixo no Brasil. Segundo o instituto GEA, o lixo é o problema ambiental que mais nos afeta atualmente, podendo ser evidenciado pela produção excessiva de lixo da cidade de São Paulo, aproximadamente 14 toneladas ao dia, tendo em vista que este volume de lixo aumenta cada dia mais. Diante de tal exposto, o aumento exponencial de lixo é a maior expectativa com relação ao cenário atual, que apresenta diversos estímulos exacerbados a respeito do consumo desenfreado. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Em virtude dos fatos mencionados, com intuito de mitigar o problema de lixo excessivo, necessita-se urgentemente que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Ministério da Educação (responsável pela gestão educacional nacional), será revertido em palestras educacionais ministradas por especialistas do meio ambiente juntamente com sociólogos, abordando sobre os malefícios da produção excessiva de lixo, juntamente com sua relação com o consumismo, estas serão difundidas por meio da transmissão das mesmas em horário nobre de todos os canais televisivos. Outrossim, o Governo(instância máxima do poder executivo), por meio de verbais governamentais, deve financiar campanhas educacionais a respeito de práticas consumistas maléficas presentes nas propagandas. Somente dessa maneira, o lixo em excesso no país irá se atenuar, e em médio longo prazo a sociedade alcançará o ideal iluminista de pleno funcionamento social.