Bauman, em sua teoria sobre a vida líquida, desnudou a sociedade moderna e fez críticas aos comportamentos egoístas e superficiais da humanidade. Percebe-se esses aspectos no que tange aos efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil. Desse modo, torna-se evidente a ineficácia da lei diante do crescente número de pessoas que à desqualificam. Portanto, essas dificuldades devem ser superadas para que uma sociedade integrada seja alcançada.
Em primeiro plano, é importante destacar o crescimento desordenado das taxas dos números de mortes e acidentes no trânsito por causa da ingestão de bebidas alcoólicas por motoristas. Como exemplo disso, segundo o Ministério da Saúde, cerca de metade das mortes no trânsito estão relacionadas ao uso de álcool ao dirigir. Tendo em vista esse fator, é preocupante a ineficácia e a desmoralização da Lei Seca.
Assim, se a conscientização das pessoas quanto à ingestão de álcool ao dirigir não for tratada com a devida importância, consequentemente, a taxa de acidentes e mortes no trânsito não vai diminuir. Pois, em virtude da Lei da Inércia, em que o corpo permanece em seu estado de repouso, caso as forças que atuam sobre ele se anulem. Dessa forma, se a conscientização se anular, a taxa de mortes e acidentes no trânsito não diminui.
Conclui-se que é mister que, por meio de verbas públicas, o Estado exija regulação e proibição de vendas de bebidas alcoólicas nos comércios para quem for dirigir. E que as mídias façam campanhas que orientem a população sobre a importância da Lei Seca e do crescente número de mortes e acidentes no trânsito pelo uso de bebidas alcoólicas. Tais medidas visam combater esse impasse de forma precisa.