No desenho animado Naruto é visível uma intolerância religiosa entre os personagens Hidan e Kakuzu. Hidan é fiel de uma religião que o faz ser devoto ao deus Jashin e isso incomoda profundamente seu parceiro Kakuzu pela demora na realização de um ritual sagrado. Entretanto Hidan não se importa com as falas desrespeitosas de seu parceiro e continua seguindo fielmente sua religião, algo muito visto na sociedade brasileira atual.
Os cidadãos confundem ou apenas usam a liberdade de expressão como desculpa para ter atitudes ofensivas contra aqueles que têm uma religião diferente, no Brasil contra principalmente religiões afro-brasileiras. Deste modo, é possível fazer uma analogia ao que aconteceu na Roma Antiga, em que a religião oficial era politeísta e aqueles que negavam isso ou que começaram a crer e seguir o cristianismo, que estava surgindo na época, eram severamente punidos. Naquele tempo isso era permitido, mas hoje em dia é considerado ações primitivas e fora da lei.
Já existem algumas ações para ao menos tentar conseguir uma diminuição da intolerância, como a criação de leis, mas isso não parece estar sendo suficiente. A diversidade religiosa é uma parte muito importante da cultura brasileira, o que possibilita o compartilhamento de ensinamentos de diversos tipos de crenças, isso por causa dos escravos e indígenas que perpetuaram suas crenças mesmo com os portugueses catequizando e impondo sua religião ao chegarem. Além disso, o fato de que os fiéis de religiões afro-brasileiras são as principais vítimas de discriminação faz com que isso se torne também uma discriminação racial, como o Brasil é infelizmente um país muito racista, esses fiéis sofrem muito, inclusive violência física.
Analisando todo o contexto histórico é possível perceber que cada pessoa tem suas crenças e ideologias e elas não mudam tão facilmente, mas devem sempre ser respeitadas. Portanto, é preciso que o governo federal disponibilize mais policiais com o propósito de fiscalização para que os cidadãos se sintam seguros para expressarem sua fé livremente. Além disso, é importante que em escolas, com o auxilio do governo municipal que incentivará cada vez mais momentos de discussões, hajam palestras sobre o assunto para que as crianças e jovens aprendam a não desrespeitar nenhuma diferença