A "roda dos expostos", chegou ao Brasil em 1530, por conta da colonização Lusófona. Tratava-se de um mecanismo no qual crianças eram colocadas quando os pais não podiam criá-los, por motivos de miséria ou até mesmo de abandono consentido. Tal problemática permeia-se no hodierno da sociedade brasileira, uma vez que o número de crianças e adolescentes aptos para adoção são de 9 mil.

Segundo dados da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), há cerca de 46 mil requerentes inscritos no Sistema Nacional de Adoção, se contrapondo ao dado supracitado de 9 mil crianças e adolescentes.
Isso ocorre devido a seletividade por meio dos adotantes, que idealizam um estereótipo de filho ideal. Fatores como idade, cor, gênero, porte de deficiências e presença de irmãos são os principais pontos considerados quando os candidatos se inscrevem.

De acordo com a Lei Federal n"12.010/2009, o tempo máximo que crianças e adolescentes devem permanecer nos abrigos é de dois anos.
Porém a realidade encontrada é outra, a ineficiência do sistema juridico responsável, juntamente com a questão da seletividade da sociedade, traz como resultado uma adoção que muitas vezes não ocorre.
Muitos permanecem nos abrigos até alcançarem a maioridade. O ingresso na vida adulta acontece sem preparo algum, levando esses jovens até mesmo a situação de rua

Outrossim, é importante ressaltar que enquanto prevalecerem estereótipos eugenicos em nossa população, não será possivel que ocorra uma verdadeira mudança no cenário da adoção em território nacional.
Destarte, cabe ao Ministério da Cidadania, a criação de politicas públicas que contemplem a valorização da educação, através de cursos profissionalizantes, suporte psicológico e auxilio financeiro em troca de serviços prestados por aqueles que estão próximos de completarem dezoito anos.