De acordo com a Declaração dos Direitos Humanos feita pela ONU, todos os humanos necessitam de direitos que precisam ser assegurados. No contexto atual brasileiro, o acesso ao lazer é um direito que apenas funciona na Constituição, pois a realidade demonstra que a existência de programas de lazer é desigual regionalmente, uma vez que cidades grandes possuem mais opções de entretenimento que cidades pequenas.
Ademais, o artista Gilberto Gil em uma de suas músicas descreve as disparidades regionais em relação ao divertimento, “De um lado esse carnaval, do outro a fome total...”, ou seja, com a comparação entre uma das maiores festas brasileiras, que é sinônimo de curtição e a palavra fome, que está ligada a pobreza e falta de recursos, o músico constrói uma imagem da situação que o Brasil possui tomando como referência o lazer.
Além do mais, enquanto só a capital de São Paulo possui 110 museus, uma reportagem do site Brasil Elpaís revela que 60 distritos de São Paulo não há museus, o que demonstra o descaso que o Brasil tem em relação a distribuir e garantir lazer ao seu povo igualmente, uma vez que a capital paulista quase tem o dobro de opções de lazer que o interior paulista.
Portanto, o governo federal, mais especificamente o Ministério da Cultura, deveria disponibilizar igualmente mais entretenimento entre as regiões brasileiras, de forma que o acesso ao lazer seja totalizado no país através de, inicialmente, construções de estabelecimentos menores, como por exemplo praças públicas, que foram feitas pela prefeitura de Salvador e diminuíram desigualdades em relação ao lazer na cidade.