Na série de televisão Black Mirror é retratado a relação conturbada do ser humano e a tecnologia e como ela já é essência de nosso dia-a-dia. Nesse sentido tal premissa não se faz diferente da realidade do Brasil, uma vez que a dependência digital entre jovens e adolescentes é um problema vigente. Logo se faz necessário o uso de medidas para amenizar as principais consequências desse impasse como: a FOMO (fear of missing out) ou ainda o afastamento da vida social.
Sob essa perspectiva, convém enfatizar que o FOMO, "o medo de ficar de fora", como uma das principais causas para dependência digital. Pessoas com esse transtorno tem a necessidade constante de se manter conectados aos meios digitais, e apresentam certo medo de perder alguma atualização das redes sociais. Esse comportamento resulta na insegurança de ficar off-line e ainda acarreta outros problemas como ansiedade e estresse. Esse fator se torna ainda mais comum nas faixas infanto-juvenil, por não terem tanto controle de seu tempo.
Ademais temos o afastamento do convívio social como mais um fator agravante da submissão aos meios digitais. Enquanto conectados ao mundo digital, os indivíduos se desconectam do mundo real, razão que causa o afastamento de atividades corriqueiras como a escola ou ainda o lazer. Além de causar um baixo rendimento escolar, esse fator também pode causar problemas físicos que já forma reconhecidas pela OMS, como a falta de sono e prejuízos a visão e audição pela falta do desligamento dos aparelhos eletrônicos.
Em vista dos fatores apresentados se faz necessário, portanto a necessidade de mudanças. Por isso o ministério da saúde em conjunto com o ministério da educação devem promover o acompanhamento psicológico de jovens e adolescentes nas redes públicas de ensino, por meio de consultas com especialistas da área com intuito de diminuir a dependência e seus efeitos nos alunos. Feito isso, o enredo cinematográfico supracitado não passará de uma imitação fantasiosa da realidade de nosso país.