No seriado "Carga Pesada", produzido pela Rede Globo de Televisão, é retratada a realidade da malha rodoviária sob a óptica de uma dupla de caminhoneiros. Bem como na teledramaturgia, a realidade apresenta falhas no setor de transportes de cargas brasileiro, as quais tem como pilares a deficiência na infraestrutura, a operacionalização desfavorável e os altos custos logísticos. Por consequência, sustentam o cenário de insegurança econômica plural - que atinge o âmbito social e geopolítico do Brasil.
No ano de 2018, a greve dos caminhoneiros evidenciou a hiper dependência desse modal transportador pela macroestrutura brasileira, a julgar pelas consequências negativas sofridas por órgãos interinstitucionais, haja vista que, a agroexportação é um dos principais propulsores da economia do país, como também provedor das demandas internas da sociedade civil. Isto posto, é importante considerar que os mecanismos operacionais são desfavoráveis tanto para a competitividade econômica internacional quanto para o estar social interno.
Em consonância a isso, é significativo entender que a limitação estrutural, como retratada no seriado supracitado - precariedade das malhas rodoviárias, falta de modernização dos instrumentos e técnicas de transportes, lacunas no processo de armazenamento e, por conseguinte, a ocorrência do hiato comercial - promove a desconfiança de investimentos pelos setores industriais internacionais.
Diante do exposto, é clara a necessidade da resolução do revés. O Governo Federal, através do Ministério da Infraestrutura em parceria com o Ministério da Economia, pode promover uma agenda de ampliação e diversificação das malhas transportadoras e incentivar o investimento em inovações necessárias para tal, a fim de que seja possível elevar o nível de confiança e capacidade competitiva internacional, bem como viabilizar maior segurança econômica e de suprimentos no âmbito social interno.