"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito", tal frase atribuída ao ilustre físico Albert Einstein está constantemente embricada à realidade brasileira no tocante aos diversos estigmas presentes na sociedade. Um deles é o preconceito linguístico, causado, geralmente, pelo choque de culturas entre regiões brasileiras e suas diferenças de escolaridade.
A priori, os diferentes sotaques regionais causam "espanto" aos não familiarizados. Visto que, no reality show Big Brother Brasil, focado no confinamento de diferentes pessoas do país inteiro, a participante nordestina Juliette Freire sofre com tal estigmatização ao utilizar gírias de sua região, "oxente" e "dodia", por exemplo. Logo, os demais participantes utilizam-se disso para tratá-la como diferente, o que, para além do programa, é comum dentro do corpo social brasileiro.
A posteriori, a diferença de escolarização é outro fator de agravo do impasse. Pois, isso gera uma polarização linguística que abre espaço para o surgimento do revés supracitado. Sendo que, torna-se possível citar o brilhante escritor brasileiro Patativa do Assaré, cujo aprendeu a ler e a escrever seus poemas de forma autodidata e, apesar de escrever palavras formalmente incorretas, transmite a mensagem com maestria. Nessa perspectiva, afere-se necessário debater a questão de que, escolaridade não define criatividade, inteligência, etc.
Por via dos fatos mencionados, constata-se que a contravenção carece de atenção governamental e popular. Logo, urge que o Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, elabore leis adicionais a Constituição Federal Brasileira de 1988 que proiba qualquer tipo de constrangimento ou preconceito para com as formas e sotaque da língua portuguesa, além de promover, através do Ministério da Educação, debates sobre o tema abordado, com o fito de diminuir o estigma associado as diferentes manifestações linguísticas-culturais. Só assim, o Brasil estará em andamento para minimizar a problemática citada por Albert Einstein.