Em seu último álbum, o rapper Emicida, visa acabar com o tabu da saúde mental com seus versos na música Amarelo, como a voz que urge em "Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes", a necessidade de um conceito de saúde que vá além da ausência de doenças, em meio aos padrões de uma sociedade que cala cada vez mais vozes e ao contexto do isolamento social durante a pandemia, se faz cada vez mais necessário compreender os seus reflexos na sociedade.
Diante de tal cenário, as redes sociais tem um papel fundamental devido à exposição criada na intenção de demonstrar ter uma ilusória vida perfeita, por padrões inalcançáveis impostos socialmente, gerando um ciclo danoso através da obsolescência programada das coisas, criando assim, cada vez mais, pessoas infelizes e marginalizadas e um consumo compulsivo na intenção de se satisfazerem momentaneamente pelo status social.
Além disso, em 2017, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão atingia cerca de 12 milhões de brasileiros, um número alarmante que mostra como essa doença não pode ser minimizada e tende a crescer com a pandemia, devido desde a dinâmica, ou ausência dela, durante o isolamento preciso para conter o vírus até às percas familiares, que infelizmente ainda afetam a vida de muitos.
Logo, cabe ao governo federal, por meio do Ministério da Saúde, agir através de ações pautando a problemática, atuando em conjunto com as escolas para garantir acompanhamento psicológico aos seus discentes e docentes durante a volta para a dinâmica presencial, quando possível, assegurando assim, o direito à saúde previsto na Constituição Federal aos seus cidadãos.