O impulso das ações do ser humano tem como fim o sucesso, a felicidade e o conhecimento pleno. Uma boa jornada de vida na sociedade atual é aquela em que não houve erros e fracassos, pois esses são aspectos considerados limitantes. Mas, poucos se perguntam se, na realidade, equívocos estão enquadrados como mais um passo no processo de aprendizagem.
Na produção cinematográfica "Juno", a protagonista, que da nome ao filme, tem 17 anos e engravida de um colega da escola. Visto que, a personagem era muito jovem, a situação é para muitos uma insensatez irreversível. Contudo, buscando dar uma conclusão ao ocorrido da melhor forma, Juno encontra uma mulher com grande desejo de ser mãe, mas que é estéril e encontra na adoção do bebê da adolescente o fruto de sua felicidade. Dessa forma, a história ficcional apresenta a capacidade de ações negativas serem o começo da situações positivas.
Em segundo plano, outra questão que exemplifica a importância da consideração do erro é o uso da história. A documentação do passado possibilitou que ao longo do tempo fossemos capazes de analisar atitudes humanas, que em conjunto contribuíram para sua evolução até os dias atuais. Com isso, questionamentos sustentados em ocorridos como a epidemia da peste negra e a utilização da mão de obra de pessoas escravizadas como do trabalho se reverteram em conhecimento, resultando em mais qualidade de vida no período presente.
Portanto, é necessário mudarmos a forma de enxergarmos o fracasso. A limitação esta na tentativa de escapatória daquilo que faz parte do processo de altos e baixos que faz o ser ignorante se tornar um ser intelectual, e o erro é mais um degrau dessa escalada.