A constituição Federal de 1988 prevê em seu artigo 6: o direito a saúde, como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o estigma associado às doenças mentais na sociedade, dificultando deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o aumento de doenças mentais. Nesse sentido, a falta de profissionais principalmente psicólogos nos hospitais públicos e em postos de saúde, prejudica a população, essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o estado não cumpre com sua função de garantir que todos cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, deve-se apontar o excesso de trabalho como um dos maiores impulsionador para transtornos mentais, de acordo com a organização mundial da saúde(OMS) a depressão e a 2° maior causa de afastamentos no trabalho, na América Latina o Brasil é o país mais depressivo, com 11,5 milhões de brasileiros afetados, é inadmissível que esse cenário vem a se pendurar.
Portanto, diante dos fatos que corroboram que a depressão é a doença mais incapacitante, o governo, ongs e concomitantemente a mídia deve promover campanhas que dão mais visibilidade no assunto que ainda é um tabu e projetos que a população tenha mais acesso a médicos. Dessa forma a sociedade vira a ter mais empatia ao próximo e o estado cumprirá com o "contrato social" de acordo com o que dizia John Locke