A declaração universal dos direitos humanos, de 1948, defende a manutenção do respeito entre povos de uma mesma nação. No entanto, no cenário brasileiro atual, observa-se justamente o contrário, quanto a questão do estigma associado as doenças mentais na sociedade brasileira. Dessa forma, em razão da falta de debate e de uma lacuna educacional, emerge um problema complexo, que precisa ser revertido.
Primeiramente, é preciso salientar que o silenciamento é uma causa latente do problema. Segundo Foucault, na sociedade pós-moderna, muitos temas são silenciados para que estruturas de poder sejam mantidas. Diante disso, verifica-se uma vacuidade em torno dos debates sobre doenças mentais na sociedade brasileira, o que contribui com o aumento da falta de conhecimento da população sobre a questão, tornando sua resolução mais dificultada.
Em segundo plano, outra causa para a configuração do problema é a invisibilidade. De acordo com o filósofo kant, o ser humano é resultado da educação que teve. Sob essa lógica, se há um problema social, há como base uma educação lacunar. No que tange às doenças mentais na sociedade brasileira, verifica-se uma forte influencia dessa causa, uma vez que a escola não tem cumprido seu papel no sentido de reverte e prevenir o problema, visto que não tem trazido esses conteúdos para a sala de aula.
Portanto, uma intervenção faz-se necessária para isso, é preciso que as escolas, em parceria com a prefeitura, promovam um espaço para rodas de conversa e debates sobre a questão no ambiente escolar. Esses eventos podem ocorrer no período de contraturno, contado com a presença de professores, especialistas no assunto e ex doentes mentais. Além disso, esses eventos devem ser abertos a comunidade, a fim de que mais pessoas compreendam a importância de doentes mentais na sociedade e se tornem cidadãos atuantes na busca de resoluções. A partir dessas informações, poderá se consolidar um Brasil melhor.