De acordo com o primeiro artigo da organização mundial dos direitos humanos ‘’todos os seres humanos são iguais em dignidade e direito’’, todavia isso não se cumpre em relação a desigualdade educacional no Brasil. Em exemplo, apenas duas constituições possibilitaram o voto de analfabetos, o que fez o país herdar uma grande exclusão política, desigualdade de classes, raças e etnias graças à limitação dessas pessoas do acesso ao ensino básico.
Consequentemente, hoje temos 11 milhões de brasileiros analfabetos e de acordo com a revista Educação três a cada dez sofrem de analfabetismo funcional - que é quando o indivíduo possui a habilidade de ler, porém com baixa compreensão -, e alguns deles até terminaram o ensino médio. Ou seja, não apenas as pessoas que não tiveram nenhum tipo de direito a frequentar escolas sofrem, mas também as que foram expostas a escolas precárias.
Sob o mesmo ponto de vista, as raízes excludentes fazem com que a maior parte dos analfabetos sejam maior de 60 anos e 27% deste grupo se identifique como preto ou parto. Esses dados deverão ser de preocupação mutua de toda população pois o descumprimento dos direitos básicos é um afronte a dignidade individual e também coletiva dos brasileiros.
Em síntese, o combate ao analfabetismo deverá começar com o incentivo financeiro do Ministério da Educação ao EJA – educação para jovens e adultos -, fundação já existente e que contribui com o acesso à escolaridade e vem sofrendo com cortes de verbas. O aumento de verbas teria o objetivo de possibilitar melhoria e possibilidade para que a fundação alcançasse mais cidades e em consequência ajudasse a alfabetizar mais pessoas necessitadas dando novos horizontes de aprendizagens e oportunidades