A Constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito à saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Não obstante, tal prerrogativa não tem sido entregue com ênfase na prática quando se observa os desafios no combate ao tabagismo no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que contribuem para esse quadro.

Em primeiro plano, é recomendado ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o número de mortes causadas pelo uso do tabaco. essa lógica é comprovada quando observamos o quadro atual de mortes causadas pelo tabaco no nosso país, que, segundo o INCA - Instituto Nacional do Câncer, cerca de 428 pessoas morrem diariamente no Brasil devido ao uso do tabaco. Dessarte, percebe-se que o uso do tabaco, culmina em um trágico fim para aqueles que o consomem.

Faz-se mister, ainda, salientar que a indústria cinematográfica afeta diretamente no uso do tabaco. Esse raciocínio é constatado em um estudo feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2015, que observou que ao assistir um filme contendo o uso ou a imagem do cigarro, o cérebro era estimulado nas regiões cerebrais associadas ao desejo, sugerindo então, que, quando o ator fuma, não só instiga o desejo, mas também, prepara o cérebro para acender um cigarro. À vista disso, nota-se que a indústria cinematográfica contribui para o tabagismo.

Nesse contexto, o governo, que é a autoridade política do país, e o ministério da saúde, devem ter o papel de inverter esse quadro, com projetos governamentais que estimulem o utente a mudar seu conceito sobre o tabaco. Além disso, é necessário dispor de profissionais da saúde capacitados para combater o uso do tabaco no brasil e atender de forma correta, pessoas que fazem o uso do tabaco. Dessa forma, encontraríamos soluções efetivas para combater o tabagismo no Brasil, e, consequentemente, seria notória uma redução no hábito de fumar.