O anafalbetismo funcional é um problema alarmante no Brasil Contemporâneo, uma vez que não se trata somente de ler e escrever, mas de compreender o que está sendo lido e escrever mais do que uma frase. Conforme pesquisa feita pelo Instituto Pró- Livro, 50% dos entrevistados declararam não ler livros por não entender o que estão lendo. Sendo assim, o problema torna- se evidente, precisando ser debatido e solucionado.
Nesse contexto, no início do séc XX, o Brasil passava pela mudança de governo, saindo da República da Espada para a República Velha, com a política do café com leite chega também a modernização e a criação de duas realidades, um Brasil urbano e o outro rural. Para que isso fosse possível, o governo tirou as pessoas em situação de rua e os pobres dos centros das cidades, levando- os a recorrer ás favelas como moradia. A negligênciação da inclusão dessas pessoas no panorama civilizado do país gerou inúmeros problemas, dentre eles, o anafalbetismo, este visível até os dias atuais nos avôs e avós que moram nas favelas e/ou nos centros urbanos.
Por conseguinte, o ex-ministro da educação, já falecido, Paulo Renato usava o argumento de que se concentrassem os esforços na nova geração, a sucessão geracional encarregaria de eliminar o anafalbetismo. Porém, não é isso que acontece, posto que muitas crianças e adolescentes são criados por seus avós ou os têm de maneira muito presente em suas vidas, estes que acabam não podendo acompanhar ou ajudar seus netos nos estudos, por não possuírem o conhecimento necessário, ocasionam a desistimulação e muitas vezes a desistência educacional.
Portanto, é necessário o investimento na educação de adultos e idosos, o Ministério da Educação deve implementar os EJA's (Educação de Jovens e Adultos), através de verba para o seu incremento e funcionamento, além da expansão do projeto para as áreas carentes e que não o possuem. Para que assim, o anafalbetismo funcional seja realmente eliminado e os idosos e adultos possam ter os conhecimentos anteriormente os negado.