O filme “Invictus” aborda a temática do esporte por meio da história do governo de Nelson Mandela na África. Na obra, o presidente investe nos meios esportivos para promover a inclusão social e garantir maior união da população durante o Apartheid. De maneira análoga ao cinema, a realidade atual do esporte, como ferramenta de inclusão, ainda é bastante problemática, afinal, a falta de visibilidade e a pouca importância dada a esse meio interferem diretamente no seu papel transformador e inclusivo na sociedade.
Em primeiro lugar, sabe-se que a pouca visibilidade dada à essa prática é a principal causa desse sistema falho, já que a maioria da população compreende o esporte apenas como lazer e não como artifício para diminuir a exclusão social. Dessa forma, lamentavelmente, poucas modalidades, como futebol, são valorizadas e incentivadas pelo mercado global e nessa causa social.
Ademais, de acordo com a frase "A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades ", do educador Paulo Freire, a sociedade ainda necessita perceber tal potencial inclusivo do meio do esporte e realmente valorizá-lo. Porém, enquanto isso for um problema, os poucos investimentos nessa área e uma população sem conhecimento sobre, infelizmente, serão as consequências.
Infere-se, portanto, que o esporte como ferramenta de inclusão social é de extrema importância e merece reconhecimento na sociedade. À partir disso, é necessário que o Ministério do Esporte, juntamente com o Ministério da Educação, elaborem projetos nas escolas sobre o papel transformador e inclusivo desse setor, por meio de aulas práticas semanais sobre a diversidade e a valorização dos exercícios físicos. Assim, a compreensão sobre tal artefato, provavelmente, seria desenvolvida desde a base da cidadania e, consequentemente, aumentaria sua importância.