Na obra “Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Fora da ilustre produção literária, na sociedade brasileira tem se o oposto, visto que os limites entre erro medico e responsabilidade criminal ainda gera conflitos devido à responsabilidade e a ética profissional.

Primeiramente, vale salientar que a responsabilidade médica é pessoal. Segundo o site Livre a bancária Lilian Calixto morreu após algumas complicações de uma cirurgia no bumbum, realizada pelo médico Denis Cesar Barros, conhecido como “Doutor Bumbum”, o qual realizou o procedimento em sua casa. Diante disto percebe-se falta de responsabilidade e ambição de alguns médicos para ganhar mais na área da estética, visto que majoritariamente dos procedimentos realizados não é forma correta e em condições e equipamentos necessários, comprometendo assim o resultado da cirurgia como no caso da bancária Lilian. Dessa Maneira fica evidente que alguns médicos precisam mudar seu posionamento diante do impasse.

Além disso, é necessário explorar o efeito da ética como outro agente influenciador. De acordo com Magalhães Noronha, o médico tem o dever ético profissional de atuar com prudência, diligência e competência para curar seu paciente empenhando-se solidariamente. Logo se percebe que é ético procurar novas soluções mais adequadas a cada caso, mas também deve-se responsabilizar em caso de possíveis erros. Dessa maneira o caráter juntamente com a ética e responsabilidade determinam em partes o profissional.

Portanto, é imprescindível a mitigação dos limites entre erro médico e a responsabilidade criminal. Assim, o Governo federal juntamente com o Ministério da Saúde e Ministério da Justiça e segurança publica deve criar mediante as verbas governamentais programas de denúncia. Isso pode ser feito por meio de profissionais da área de TI e policiais, para a partir das denuncias começar investigações, a fim de responsabilizar criminalmente o médico infrator o que não significa perseguir bons profissionais, nem tampouco reprimir erros humanos compreensives e escusáveis. Significa sim, um direito da sociedade e um dever do estado.