Dúvidas e Materiais de Apoio
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Por Geralcinoj
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#50596
2007 ‧ Documentário/Animação ‧ 21 min

The Story of Stuff (A História das Coisas)
A trajetória da nossa própria construção social é uma saga de abusos, exageros, desperdício e saturação. Acompanhe como os nossos padrões de consumo, desde a extração da matéria prima à venda dos produtos, afetam o meio ambiente.

Tirei 960 no Enem de 2020 :shock: . Agradeço muito as pessoas deste site. :D. Link da minha redação. :arrow: o-estigma-associado-as-doencas-mentais- ... 28496.html
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Por Geralcinoj
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#50597
2014 ‧ Documentário ‧ 1h 10m

O Veneno está na Mesa 2
O filme atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. Apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores.

Tirei 960 no Enem de 2020 :shock: . Agradeço muito as pessoas deste site. :D. Link da minha redação. :arrow: o-estigma-associado-as-doencas-mentais- ... 28496.html
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Por JoiceF
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#54805
13 Reasons Why

2017 • 3 temporadas • 60min • TV-MA
Sinopse: Parece que todo mundo em Liberty High está escondendo alguma coisa... Mas a mentira tem perna curta, e a verdade está prestes a vir à tona.

BULLYING
Hannah Baker é nova em Liberty High e sai com Justin Foley, que secretamente tira uma foto íntima sua. No dia seguinte, a foto circula por todos os colegas e ela passa a ser humilhada, objetificada e assediada nos corredores. A garota, recém chegada na escola, começa a ser excluída e os amigos que ela vai encontrando no caminho sempre a desapontam ou abandonam.

INVASÃO DE PRIVACIDADE
Além de Justin, outros agentes participam da frequente invasão da privacidade e intimidade de Hannah sem seu consentimento. Tyler Down persegue Hannah e a fotógrafa pela janela de seu quarto, divulgando uma imagem sua beijando Courtney Crimsen. Em outro caso, Ryan Shaver rouba um poema de Hannah e o publica na revista sem a sua autorização, sendo exposta e ridicularizada.

ASSÉDIO SEXUAL E ESTUPRO
Desde seu encontro com Justin, Hannah é vítima de assédio sexual pelos atletas da escola. Alex Standall a coloca na lista de melhores corpos da turma; Marcus Cole a humilha com propostas sexuais e agarrando sua perna; Bryce Walker passa a mão nela enquanto está na fila; ela presencia Bryce estuprando Jessica Davis; Bryce estupra a própria Hannah na banheira.

OMISSÃO NA ESCOLA
Numa última tentativa de sobreviver, Hannah recorre a seu conselheiro escolar, Kevin Potter. Em um exemplo grave de negligência e irresponsabilidade institucional, Potter parece não prestar atenção aos sinais alarmantes da fala de Hannah. Ela conta que foi estuprada e ele duvida da história e diz que, se não for apontar o agressor, ela deveria esquecer o caso e seguir adiante.

INCONSEQUÊNCIA ADOLESCENTE
No âmbito da adolescência, 13RW faz uma análise do tema das repercussões de nossas ações, das relações causa-efeito, já que os adolescentes tendem a não pensar nas consequências de suas escolhas. Justin vazando a foto de Hannah leva a Alex com a lista, levando os atletas a abusarem do corpo de Hannah, assim por diante. Outro exemplo disso está a seguir:

BEBIDA E DIREÇÃO
Na fita 5, Hannah descreve o episódio em que pega carona com Sheri Holland, que ainda está embriagada após uma festa. Ela bate numa placa de trânsito e insiste em não chamar a polícia. Por causa disso, outro aluno, Jeff Atkins, não para no local apropriado e morre em um acidente de carro.

SUÍCIDIO
Depois da conversa com Mr. Potter, Hannah desiste de sua vida e comete suicídio. A cena (agora apagada pela Netflix) foi polêmica por representar graficamente o ato, indo contra normas mundiais. Hannah deixa as fitas e aponta responsáveis por sua morte, causando uma nova tentativa de suicídio por Alex.

IMPUNIDADE SELETIVA
Na segunda temporada, vemos o desenrolar do caso dos pais de Hannah Baker contra Bryce Walker, em que o agressor ganha e sai impune, havendo estuprado diversas garotas. Como o próprio ator que o interpreta disse, “Nossa série é uma obra de ficção mas também representa a realidade. Bryce é privilegiado, vem de uma família rica e poderosa, é homem, branco e hétero e por isso é muito fácil se livrar dessas situações. Vemos isso acontecer diariamente e é terrível. Fãs ficaram com raiva, mas devemos ficar com raiva, porque é a realidade.”

ESTUPRO MASCULINO
Outra cena polêmica foi o estupro de Tyler Down, quando Monty de la Cruz e outros atletas o encurralam e o estupram com um cabo de vassoura. O estupro masculino é um assunto ainda mais velado e menos divulgado, já que o estereótipo de que o homem não pode expressar sensibilidade faz com que as vítimas sintam ainda mais vergonha.

TIROTEIOS ESCOLARES
Ao final da temporada, presenciamos outro efeito do ato de bullying e assédio: o tiroteio escolar. No baile, Tyler Down aparece com sua coleção de armas (abrindo espaço para o tópico porte/posse de armas) com a intenção de matar seus colegas. Claramente, não há justificativa para atos como esse, mas vemos as origens de um instinto desumano. No mesmo dia em que a 2a temporada foi disponibilizada, 9 estudantes e 1 professor morreram em um tiroteio em uma escola no Texas.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E ABORTO
Chloe Rice, ex-namorada de Bryce Walker e sobrevivente de estupro deste, se descobre grávida e decide abortar. A série retrata, assim como nos outros tópicos, a difícil realidade dessa decisão: o peso emocional, a dificuldade burocrática, e a pressão social.

HOMOFOBIA COMO HOMOSSEXUALIDADE REPRIMIDA
Em uma reviravolta na série, é revelado que Monty de la Cruz, um dos mais homofóbicos atletas de Liberty High e que estuprara Alex por isso, já havia se envolvido com garotos. Ele se descobre homossexual e, assim como em outros casos, sua homofobia estava enraizada no medo de assumir-se como um.
Um dos maiores líderes da terapia “cura gay“. McKrae Game, se declarou homossexual.

DETERMINISMO
13 Reasons Why demonstra como os comportamentos dos personagens foram internalizados por influências externas, como na teoria do Determinismo.
Monty era abusado por seu pai em casa todo dia, depois reproduzindo essa violência; Justin foi abandonado pela mãe viciada em drogas, tornando-se um viciado ele mesmo; Bryce vivia sob a pressão de mostrar-se másculo
com a presença de pai e avô machistas e agressivos, construindo um caráter frio e insensível.

EXEMPLO DE INTRODUÇÃO:

Tema: “A epidemia de atiradores em ambientes escolares no Brasil”

18 de maio de 2018. Em uma escola no Texas, EUA, nove estudantes e um professor morrem por tiros de um estudante. No mesmo dia, estreia a 2ª temporada da série “13 Reasons Why”, que, para a surpresa dos telespectadores, desenha a rota de eventos até um tiroteio no colégio: Tyler Down, excluído, estuprado e sozinho, desenvolve um desejo irracional de vingança. Fora das telas, os atos de violência nas escolas brasileiras têm crescido exponencialmente, injustificáveis mas advindos de fatores como a cultura do bullying e a instabilidade emocional adolescente.

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Por JoiceF
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#54806
Anne With An E

2017-2019 • 3 temporadas • 60 min
Sinopse: "Depois de treze anos sofrendo no sistema de assistência social, a órfã Anne é mandada para morar com uma solteirona e seu irmão. Munida de sua imaginação e de seu intelecto, a pequena Anne vai transformar a vida de sua família adotiva e da cidade que lhe abrigou, lutando pela sua aceitação e pelo seu lugar no mundo."

ADOÇÃO
A série se inicia com Sr. e Sra. Cuthbert adotando Anne Shirley, embora estivessem à espera de um menino para ajudar na lavoura. A revelação do gênero não é bem recebida pela idealização prévia de um perfil pelos pais adotivos, problema muito comum e grave no sistema adotivo brasileiro.

PAPÉIS DE GÊNERO
Passando-se em 1908, a trajetória de Anne destaca os diversos rótulos ditos femininos e que infelizmente perduram até hoje. Quando, por exemplo, a Sra. Cuthbert quer devolver Anne ao orfanato por esta ser uma menina e “incapaz de trabalhar na fazenda”, são vistos os comportamentos de subserviência erroneamente esperados das mulheres.

BULLYING
Na nova escola de Anne, a protagonista é mal tratada e ridicularizada por seus colegas por ser orfã, adotada e por ter cabelo ruivo. Ela é excluída por possuir um pensamento diferente do da época, o que causa um constante e duradouro sentimento de rejeição e não-pertencimento na menina.

INOVAÇÃO NO ENSINO
O professor da cidade era um homem que seguia um método tradicional de ensino: deixava alunos de castigo de costas, os humilhava, usava régua e instigava o bullying. Após sua transferência, entra uma professora nova, causando um grande alvoroço na cidade por ser uma mulher solteira. Ela muda o molde de ensino para aulas ao ar livre, debates e desenvolvimento de senso crítico. Os pais e a aristocracia conservadora da cidade se opõem à presença dela.

HOMOSSEXUALIDADE
Cole, um dos melhores amigos de Anne, compartilha do sentimento de não pertencimento da protagonista. Fugindo do papel masculino na lavoura e na caça, ele preferia o mundo sensível da literatura e das artes, onde encontrava seu refúgio. Em um dos episódios, eles conhecem Josephine, uma mulher lésbica, e descobrem uma comunidade inclusiva daquela época. Assim, Cole explora sua verdadeira sexualidade, até então inexistente e impossível no seu imaginário.

ABUSO SEXUAL
No início do século XX, contatos físicos como abraços e beijos são proibidos antes do matrimônio. Nesse contexto, Josie Pye, prometida a Billy Andrews por interesse de seus pais, sofre um assédio em que, por mais que gostasse de Billy, é beijada à força. Josie foge e conta o ocorrido a suas amigas, porém Billy, insatisfeito, espalha que os dois teriam ido além, difamando a menina. Em outro episódio, as meninas tem suas saias levantadas na horado almoço, o que leva Anne a dizer uma das maiores frases da história:
“Uma saia nunca é um convite”.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Com a difamação de Josie, Anne escreve um artigo inflamado para defendê-la, em um exemplo de sororidade. Com um texto que pregava o empoderamento feminino e repreendia o machismo, ela sofre rejeição por todos os lados. Os comandantes da cidade buscam tirar a imprensa da escola, sob a justificativa de que representaria uma ameaça, mas os jovens organizam um protesto a favor de sua liberdade de expressão.

O PAPEL DA LEITURA
Durante sua vida no orfanato ou em casas provisórias, Anne foi vítima de condições precárias, abusivas e difíceis e encontrou a leitura como um refúgio mental. A menina, que escondia livros nos porões para que pudesse ler nos raros momentos de paz durante a madrugada, assim desenvolveu sua grande imaginação, vocabulário e ideias, revelando a importância da leitura.

RACISMO
Quando Gilbert Blythe, amigo de Anne, decide se aventurar pelos mares, ele conhece Sebastian (ou Bash), um homem negro com quem estabelece uma forte amizade. Bash se surpreende que Blythe não se importa com sua cor, visto que não estava acostumado com solidariedade de brancos. O retorno dos dois a Avonlea leva a inúmeras situações de racismo, discussão muito presente nas 2ª e 3ª temporadas.

CONVIVÊNCIA COM A DIVERSIDADE
No fim, a série traz a mensagem de que é preciso aprender a respeitar e conviver com as diferenças, já que a multiplicidade é inerente aos seres humanos e não é de hoje. Como alguns exemplos, temos Anne fugindo dos rótulos femininos, os Cuthbert que nunca se casaram, Cole com posturas diferentes das rotuladas para meninos, e a professora Stacy que veste calças e gosta de motocicletas.

EXEMPLO DE INTRODUÇÃO:

Tema: “Os desafios da adoção de crianças no Brasil”

Na série canadense “Anne With An E", situada em 1908, os irmãos Sr. e Sra. Cuthbert procuram adotar um garoto para ajudar em sua lavoura, mas, para sua surpresa, recebem uma menina, Anne. Logo de início, a mãe adotiva considera devolvê-la para o orfanato por garotas não serem consideradas aptas para realizar trabalhos físicos. Embora Anne conquiste o carinho de seus novos pais, a série demonstra como o problema da idealização de um perfil para adoção persiste até hoje. De fato, o principal desafio para a adoção no Brasil está na demanda por perfis estereotipados e na discrepância da realidade nos orfanatos.

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Por danyllo
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#54807
nice, já vou começar
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Por JoiceF
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#54810
Coisa Mais Linda

2019 • 1 temporada • 50min • 16+
Sinopse: “Uma dona de casa chega ao Rio dos anos 50 para encontrar o marido e descobre que foi abandonada. Em vez de sofrer, ela decide ficar na cidade e abrir um clube de bossa nova.”

PATRIARCALISMO
A série se passa no Rio de Janeiro de 1959, exatos 60 antes dos dias atuais, quando a cidade vivia uma época próspera, ainda capital do país. O contexto é claramente sexista, uma sociedade patriarcal em que as mulheres deviam ser inferiores e subservientes. Em diversas cenas são ditas falas (ainda remanescentes hoje) como “Homem é mais focado, mais profissional e menos emotivo” e “Deixe a parte chata para os meninos”.

RACISMO
Os reflexos escravocratas da sociedade brasileira mostram-se evidentes em episódios de discriminação racial, principalmente com Adélia, a protagonista negra. Ela é vista sempre como empregada e indigna de, por exemplo, utilizar-se do elevador social do prédio. Quando a vêem, imediatamente a associam a uma funcionária subordinada a Maria Luíza.

FEMINISMO E EMPODERAMENTO
As personagens principais são 4 mulheres: Maria Luíza, Adélia, Lígia e Thereza, cada uma com sua singularidade, mas todas lutando por serem mulheres naquele contexto. Portanto, a narrativa mostra como cada desenvolve uma maneira de quebrar as correntes que a prende e, com a devida coragem e “loucura” (como dizem), enfrentar a imposição masculina: Malu com seu clube de música, Adélia com sua independência, Lígia com seu sonho de ser cantora, e Thereza com sua escrita crítica jornalística.

O SURGIMENTO DA BOSSA NOVA
Malu se apaixona pela música carioca ao ouvir Chico tocando uma canção considerada do novo estilo “Bossa Nova”, uma mistura de samba e jazz.
Esse híbrido nacional-internacional foi um marco histórico na música popular brasileira e ficou conhecido em todo o mundo.

MACHISMO
Nos primeiros episódios, Malu sofre ao buscar financiamento e parcerias para o seu clube. Ninguém dispunha-se a ajudá-la com o estabelecimento porque as mulheres, no pensamento patriarcal, não deveriam ser empreendedoras. Apenas os homens deveriam trabalhar e as mulheres deveriam permanecer inerciais, subservientes.

REPRESENTATIVIDADE FEMININA
Na revista “ ngela”, em que Thereza trabalha, uma revista feminina, havia apenas ela de mulher. Todos os jornalistas eram homens assinando com nomes femininos: uma demonstração clara de que, nem em assuntos voltados ao público feminino, há a devida representatividade das mulheres.

FUGA DA FAMÍLIA TRADICIONAL
Na série, as famílias tradicionais, como de Malu e Lígia, percebem o casamento como essencial para a manutenção da linhagem e da reputação. A visão de que, por exemplo, Maria Luíza havia sido traída e tornado-se mãe solteira era uma mancha no nome da família. Essas novas estruturas familiares estão cada vez mais presentes na sociedade brasileira.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ESTUPRO
Lígia e Augusto vivem um relacionamento extremamente abusivo. Augusto, por ciúmes da atenção que a esposa recebia ao cantar, a proíbe de perseguir a carreira musical e a coloca em sua sombra. Em casa, bate nela quando descobre que ela havia cantado e a agride violentamente no Coisa Mais Linda. Há uma cena em que ele retorna bêbado à casa e força Lígia a satisfazer seu desejo sexual, embora não consentido.

O PAPEL DA MULHER NA POLÍTICA
Em um episódio, no jantar na casa do prefeito do Rio, Lígia é dita que iria gostar da primeira-dama brasileira, já que ela “também não gostava de falar de política”. Augusto então diz que, sim, Lígia se interessava pela política, causando assombramento e certo tom de julgamento na mesa, já que o papel da mulher seria de ignorante quanto ao quesito.

ABORTO
Após se libertar de Augusto, Lígia decide que quer seguir a carreira de cantora e, grávida do ex-marido, não conseguiria ter o filho que a aguardava. Ela opta pelo procedimento clandestino de aborto, que é bem-sucedido, mas que causa revolta pela família aristocrática de Augusto - este que, por sua vez, age radicalmente quando ouve sobre o acontecimento.

EXEMPLO DE INTRODUÇÃO:

Tema Enem 2015: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”

Na série nacional da Netflix “Coisa Mais Linda”, o cenário do Rio de Janeiro de 1959 é marcado pelo patriarcalismo. Nesse sentido, Augusto é um político que, com medo de perder sua bela e cobiçada esposa cantora, a bate e a agride regularmente em casa, chegando a estuprá-la. Sessenta anos depois, é evidente que muitas circunstâncias não se alteraram: a violência contra a mulher persiste no Brasil do século XXI, consequência majoritariamente da insegurança masculina em perder sua enraizada posição de poder.

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Por JoiceF
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#54818
Coringa

2019 • 2h02min • 16+
Sinopse: Arthur Fleck é um homem que luta para encontrar o seu caminho na sociedade fraturada de Gotham. Preso em uma existência cíclica entre a apatia e a crueldade, Arthur toma uma decisão ruim que provoca uma série de acontecimentos nesse estudo de personagem ambicioso.

DOENÇAS MENTAIS
Arthur Fleck sofre de um transtorno denominado Transtorno da Expressão Emocional Involuntária, cujo aspecto marcante é a risada incontrolável, mas também exibe sintomas de depressão, distúrbios alimentares, alucinações e esquizofrenia. Ele é negligenciado, ignorado e atacado por sua condição, enquanto todos desviam seus olhos para ele nas ruas – uma apatia que é dolorosamente retratada no filme.

O PAPEL DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Fleck visita regularmente o serviço de assistência social de Gotham para sessões de terapia e fornecimento de seus pesados medicamentos. Ao ponto em que sua terapeuta já não consegue mais escutar os pacientes, o programa tem seu orçamento cortado e ele fica sem os remédios. É a partir do corte de recursos públicos que a queda do protagonista têm início.

PORTE DE ARMAS
Uma das maiores polêmicas do longa é a abertura do debate para o armamento estadunidense: é exposto como a violência do icônico Coringa tem origem na facilidade de aquisição de armas de fogo. Um colega de trabalho, Randall, empresta a Arthur uma arma para sua proteção após um incidente com garotos o espancando na rua. Da próxima vez, os atacantes seriam mortos.
CRIAÇÃO DE UM SOCIOPATA
Ao longo da narrativa, o espectador acompanha o agonizante processo de transformação de psicose em psicopatia, resultado de múltiplos fatores sociais impostos ao frágil personagem. Em realidade, no caso do filme, Coringa se torna um sociopata: diferentemente de um psicopata, que têm seu comportamento inato, um sociopata desenvolve as características durante a vida, por meio de traumas, da educação e da família.

ABUSO FÍSICO E PSICOLÓGICO
Quando menor, Fleck sofria da violência doméstica do namorado abusivo de sua mãe. Penny, que também sofre de problemas mentais, adotou Arthur e o levou para ser criado em um ambiente hostil e vulnerável, onde seu namorado chega a amarrar a criança em um aquecedor por um longo período de tempo e causa traumas psicológicos e físicos em sua cabeça.

MARGINALIZAÇÃO SOCIAL
Em “Coringa”, é discutido a segregação de diversas camadas que são base da estrutura social. Profissões pouco valorizadas, como palhaços de rua, se tornam invisíveis e alvo de piadas. Pela perspectiva de um comediante desajeitado, vemos Arthur mal-remunerado, demitido e ridicularizado por todos: desde o público de seu stand-up, homens na rua, até apresentadores de televisão.

DESCASO POLÍTICO
Thomas Wayne é o representante da elite de Gotham. Em uma cidade corrupta e que permite apenas a prosperidade dos ricos, Wayne concorre à prefeitura e diz em um de seus declaramentos televisivos que a pobreza é uma condição inata, como uma casta inferior, chamando os que a ela pertencem de “palhaços”. A partir de então, a máscara de palhaço vira um símbolo de resistência (Bella Ciao?).

VIOLÊNCIA POLICIAL
Em uma das perseguições de detetives ao Coringa, os policiais o procuram por vagões de trem com civis vestindo máscaras de palhaços. Em meio à confusão, brigas intensificam e os policiais recorrem às suas armas: um detetive mata um civil. Poderia ser Ágatha Félix.

JUSTIÇA PELAS PRÓPRIAS MÃOS
O filme aborda a violência popular como uma forma de vingança à realidade opressora, levando à morte dos representantes da elite (a família Wayne, por exemplo) e dos opressores dos marginalizados (os homens que atacam Arthur no metrô). Embora seja um outro tipo de vigilante, é demonstrado o efeito da justiça pelas próprias mãos: caos.

LUTA DE CLASSES
A revolução iniciada no final do filme representa a inversão de poder: os trabalhadores tomam o controle antes da elite, o que Marx teoriza como“luta de classes”. Para o filósofo, a história é feita de transformações no status causadas pela revolta da classe oprimida contra a classe opressora.

EXEMPLO DE INTRODUÇÃO:

Tema Unesp 2017: “A riqueza de poucos beneficia a sociedade inteira?”

No filme de 2019 “Coringa”, Arthur Fleck é um palhaço mal-sucedido que se tornaria o futuro arqui-inimigo de Batman ao iniciar uma rebelião popular contra a aristocracia local. Em Gotham, uma cidade corrupta e elitista que impede a prosperidade econômica dos desfavorecidos, Fleck é ridicularizado, rejeitado e violentado em cenas dolorosas que retratam a origem de sua violência vingativa. De fato, na realidade atual, a concentração de renda e a subcondição das camadas pobres resultam em mazelas sociais prejudiciais a todos: a perda de dignidade muitas vezes leva à criminalidade.

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Por JoiceF
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#54866
Harry Potter

2001-2011 • 7 livros • 8 filmes • 10+
Sinopse: “Harry Potter é uma série de sete romances e oito filmes de fantasia. A série narra as aventuras de um jovem chamado Harry James Potter, que descobre aos 11 anos de idade que é um bruxo ao ser convidado para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.”

ADOÇÃO
Harry Potter é um garoto órfão que vive infeliz junto a seus tios, os Dursley. Em sua nova casa, ele é tratado como desprezível, ínfimo em relação a seu primo e como súdito da casa. As dificuldades da inclusão de Harry se relacionam com a de muitas crianças no processo pós-adoção.

IDENTIDADES COMUNITÁRIAS
No mundo mágico, as escolas de bruxaria possuem casas de estudantes: em Hogwarts, é o caso de Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. O senso de comunidade criado dentro de cada uma e dentro do mundo bruxo em si refletem a importância de coletivos identitários em uma sociedade.

SEGURANÇA NAS ESCOLAS
Em Hogwarts, eventos turbulentos colocam os alunos em risco: invasão de dementadores, infiltração de criminosos, violência em torneio escolar, entre outros. O tema torna-se ainda mais relevante quando comparado à atual preocupação de pais quanto à segurança de seus filhos nas escolas, com o índice crescente de tiroteios e violência.

ENSINO DA TOLER NCIA
Um estudo publicado na Revista de Psicologia Social Aplicada em 2014 concluiu que a leitura de Harry Potter estimula a tolerância. Ao verem a relação do protagonista com trouxas, mestiços e elfos domésticos, grupos estigmatizados no mundo bruxo, crianças desenvolveram maior empatia a grupos marginalizados na vida real, como LGBTs, imigrantes e refugiados.

O MITO DA PUREZA RACIAL
Voldemort e seus seguidores defendem arduamente o conceito de pureza e superioridade bruxa, perseguindo e matando trouxas e os chamados “sangue-ruins”, mestiços bruxos filhos de trouxas. O mesmo argumento fora dito da raça ariana em 1940 para justificar o Holocausto.

ASCENSÃO DO FASCISMO
A história traça um forte paralelo a eventos históricos da Segunda Guerra. A Sonserina, formada majoritariamente por membros arianos, como os Malfoy, é a principal fonte do preconceito contra mestiços. O fundador da casa? Salazar Sonserina. O salazarismo foi uma vertente do fascismo em Portugal, simultâneo ao Nazismo alemão.

LIBERDADE DE IMPRENSA
Em meio à ascensão de Voldemort, o Ministro da Magia Cornélio Fudge nega a existência de qualquer perigo, por meio do Profeta Diário, para manter seu poder. Com a narrativa oficial manipulada pelo governo, censura-se veículos de comunicação alternativos, como O Pasquim.

ESPORTE COMO INCLUSÃO SOCIAL
Ao ingressar em Hogwarts, Harry faz poucos amigos e é julgado por ser “o menino que sobreviveu”. É quando ele descobre seu talento no quadribol (principal esporte bruxo) que sua popularidade emerge, exemplo do esporte desempenhando um papel fundamental na inclusão social.

TORTURA INSTITUCIONAL
Sirius Black, tio de Harry, é condenado pelo assassinato de Tiago e Lily Potter e passa 12 anos na Prisão de Azkaban por um crime que não cometeu. Lá, os prisioneiros são submetidos à guarda dos dementadores, que torturam os prisioneiros sugando suas emoções.

BULLYING
Um dos professores mais conhecidos da série, Severo Snape, é frio e cruel com seus alunos, atormentando e humilhando-os sem motivo. A origem de seu comportamento zombador se dá no próprio bullying que sofria quando criança por Tiago Potter e Sirius Black, formando um ciclo.

FALSIDADE IDEOLÓGICA
Outro conhecido professor é Gilderoy Lockhart, docente de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts, com diversos títulos e livros renomados. É descoberto, porém, que era uma fraude: ele empregava feitiços de memória naqueles que haviam realizado os feitos ditos serem dele.

EXEMPLO DE INTRODUÇÃO

Tema: “As novas manifestações do fascismo no século XXI”

A famosa saga de livros “Harry Potter” conta a história do menino bruxo que enfrenta Voldemort, um líder que utiliza da violência e do terror contra não-bruxos para angariar seguidores. À frente do Ministério da Magia, o vilão institui um regime totalitarista perseguidor dos não pertencentes à “raça pura” bruxa. Fora do universo mágico, vê-se necessária atenção redobrada a novos fascismos que, por meio de mecanismos de manipulação em massa e ódio a minorias desfavorecidas, cerceiam a liberdade e a multiplicidade civil.

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Por Larahana72
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#55655
Racismo:
OLHOS QUE CONDENAM (DISPONÍVEL NA NETFLIX)
Minissérie que tenta simular (com relatos dos acusados) o caso real de 5 jovens que são condenados injustamente por um crime que não cometeram. Aborda como foram julgados e condenados pela "justiça" racista, mesmo sem provas, e como isso refletiu na vida deles.
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