No documentário, "O dilema das redes" é apresentado ao público, o rubro papel desempenhado pela tecnologia no século XXI, que dita padrões de comportamento, beleza e consumo. Tal exposição prolongada à internet durante a vida dos indivíduos, consequentemente afeta sua saúde mental. A questão é: a tecnologia é vilã ou amiga da saúde mental?
Primeiramente, deve-se salientar o importante papel que a tecnologia desempenha na atual pandemia da Covid-19. Em pleno 2020, quando foi instaurado o isolamento, pessoas precisaram ficar exclusivamente em suas casas, sem o contato próximo com amigos ou familiares, com isso as chances de se desenvolver depressão e outras doenças mentais se intensificou. Tal problema foi minimizado pelo crescimento das vídeo-chamadas, principalmente com as "Terapias a distância". De acordo com a psicóloga Ana Paula Dias " A tecnologia também nos trouxe a possibilidade de realizarmos atendimentos online e possibilita assim que pessoas que antes não tinham acesso(...) possam ter".
Entretanto, de acordo com G1 " A exposição prolongada a eletrônicos, aumentou na pandemia" comportamento que além de problemas visuais e auditivos, gera também efeitos mentais no indivíduo. Freud dizia que um dos comportamentos primordiais do desenvolvimento humano é o mimetismo, característica essa inerente ao homem. Em tempos de super exposição virtual, muitas vezes de forma romantizada, pensamentos de comparação surgem e sintomas como ansiedade e insatisfação com a própria imagem se tornam frequentes.
De fato a internet e a tecnologia são uma revolução na forma que nos comunicamos e realizamos as atividades diárias, porém a sua utilização deve ser feita com precaução para que não se torne danosa. Cabe ao Governo Federal realizar campanhas de conscientização sobre o uso saudável da internet, veiculadas nas próprias redes sociais e aos governos Estaduais e Municipais a implementação de eventos culturais públicos (no pós-pandemia) como shows e festivais regionais, além de descontos em entradas de eventos por meio de parceria com empresas privadas. Ações essas, realizadas com o intuito de promover o anti-sedentarismo e por consequência uma vida social mais ativa e saudável, com a redução do uso excessivo tecnológico. Conclui-se que a tecnologia pode e deve ser utilizada, com moderação.