De acordo com o grande líder dos direitos civis dos negros, Martin Luther King, “a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça em todo o lugar”. Dessa maneira, vê-se que o analfabetismo funcional no Brasil que, mesmo após avanços constitucionais o cenário de iniquidade permanece e reflete na sociedade brasileira, não só pela desigualdade ao acesso a meios educacionais, mas também pelo desinteresse na leitura cotidiana da sociedade.
Primordialmente, é evidente que o Poder Público falha ao cumprir o seu papel enquanto agente fornecedor dos direitos mínimos, o que contribui para a permanência da estrutura desigual na educação brasileira. De acordo com A Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios, em 2014, 13,2 milhões de jovens com 15 anos são analfabetos. Diante deste contexto é preciso uma intervenção para essa inaceitável questão.
Outrossim, vale ressaltar que a situação é corroborada pelo desinteresse da população a ler cotidianamente. No decorrer da formação do Estado brasileiro a precariedade da leitura e escrita se fez presente durante parte significativa do processo. Dessa forma, é fundamental uma reforma na sociedade civil para que, o fim do analfabetismo deixe de ser uma utopia.
Portanto, é mister que algo precise ser feito com urgência para amenizar a questão. Logo, o Ministério da Educação, por meio de verbas governamentais, deve promover debates e palestras ministradas em escolas públicas, desenvolvendo métodos que priorizem a leitura e alfabetização. Nesse sentido, o fito de tal ação é desburocratizar os meios de estudos da população brasileira. Assim, talvez, a injustiça permaneça apenas no século de Martin Luther King.