No livro ‘’O Cortiço’’, de Aluísio Azevedo, é retratado o início da urbanização brasileira no século XX. Demonstrando os impactos inovadores desse processo, em contraste com o surgimento dos primeiros entraves citadinos. Dessa maneira, à medida que tal transformação do espaço possibilitou o desenvolvimento econômico e industrial do país, as consequências sociais dessa ocupação tardia e desequilibrada perduraram na atualidade. Nesse sentido, a negligência elaborativa é a principal causa das adversidades habitacionais e de locomobilidade resultantes desse panoramadg problemático.
Em primeira análise, cabe pontuar que a ausência de um planejamento eficaz comprometeu a dinâmica urbana nacional. De acordo com o geógrafo Milton Santos, há uma dicotomia locacional dentro das próprias cidades, em razão do tratamento não equânime oferecido pelo Estado as diferentes conjunturas presentes nesses ambientes. À vista disso, essa lógica foi fomentada a partir do acelerado e imoderado preenchimento dessas regiões, no qual os centros não estavam preparados estruturalmente para a alta taxa de imigração interna e externa, dado que o acesso à moradia digna, ao saneamento e à segurança propostos no artigo 6° da Constituição Federal de 1988 não garantido universalmente por meio de uma ordenação prévia. Com efeito, ocorreu a marginalização espacial da população menos favorecida inserida nesse contexto, direcionando-a para áreas insalubres e sem serviços básicos, enquanto a atenção governamental é marjoratoriamente orientada ao bem estar da classe média alta. Perante isso, entende-se o porquê da grande distinção social ocupacional no Brasil.
Em segunda análise, vale ressaltar, ainda que o não asseguramento residencial e a mobilidade deficitária são aspectos decorrentes da desordem sistemática das cidades. Dessa forma, segundo a filósofa alemã Hannah Arendt, o lugar público é determinante da plena democracia e integralidade do indivíduo. Contudo, denota-se que tal circunstância não é executada, uma vez que a existência de aglomerados subnormais, déficit domiciliar, ruas que não permitem a movimentação de pessoas com limitação física e transportes incapazes de atender produtivamente o corpo social são obstáculos que tornam o sujeito minimizado em um âmbito que deveria lhe proporcionar soberania e totalidade. Sendo assim, a origem dessa situação advém da irregular administração primária do processo de urbanização, bem como narrado na obra de Azevedo anteriormente citada, em que o controle da qualidade do espaço para o cidadão foi posto em último plano em relação a progressão comercial e fabril. Por conseguinte, apreende-se os transtornos consequentes dessa falha gerencial.
Em suma, é mister que medidas sejam tomadas para reverter os empecilhos acerca da habitação da urbe. Desse modo, urge que o Ministério das Cidades invista em projetos de reconfiguração das capitais e territórios não rurais, formulados, especificamente, por urbanistas e arquitetos, através do subsídio Federal e privado, a fim de que essas zonas sejam otimizadas e os problemas superados, cumprimento, portanto, a indicação da Carta Magna.
Raramente, um pouco mais.'' - Cecília Meireles
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 160
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 180
Você atingiu aproximadamente 90% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.