No filme "Preciosa", a jovem Clarieece de 16 anos é desencorajada a estudar, pois, segundo a mãe, o estudo não leva a nada. Nesse sentido, verifica-se que a narrativa é uma realidade no Brasil devido à desmotivação e, muitas vezes, pela prematuridade no mercado de trabalho.
Em suma, a evasão escolar persiste em consequência da falta de investimento nas escolas e da ausência governamental em prestar cursos de formação aos professores.
Em primeira análise, a falta de investimento corrobora na insatisfação dos alunos, visto que os recursos disponibilizados não suprem, a maioria das vezes, as necessidades rotineiras, a qual permitiria maior dinamicidade das aulas. Nesse viés, Nelson Mandela defendeu que, " a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo", logo, observa-se que os jovens não estão tendo um bom preparo para atingir tal mudança.
Em segunda análise, o silenciamento governamental agrava ainda mais o cenário, pois compromete a motivação e a qualificação dos professores. Nessa perspectiva, conforme Janoí Mamedes, "o professor só pode ensinar quando está disposto a aprender", entretanto, a disposição em aprender não depende somente deles e, sim, do governo em atribuir incentivos e qualificações, para que os profissionais sejam cada vez mais aptos a exercer seu papel.
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para solucionar o impasse. Para isso, o Mec em parceria com o governo, devem elaborar projetos de infraestrutura escolar - iniciando em escolas periféricas -, por meio de verbas nacionais e internacionais a fim de estimular os alunos e professores e, assim, promover a qualidade de ensino. Desse modo, a evasão escolar será mitigada e, cada vez menos, terá casos como o da "preciosa".