Conforme afirma o filosofo grego Aristóteles, a natureza não é imperfeita já que ele fez tudo para sobrevivência humana. Seguindo essa máxima filosófica, os indivíduos, entretanto, passaram utilizar esse espaço ambiental de forma inconsciente e gerar impactos negativos no território nacional, tendo em vista, como eventuais causadores desses danos, a expansão agrícola e falta de observação governamental nos espaços naturais. Nesse sentido convém analisar os pormenores dessa problemática no Brasil.

Inicialmente, cabe salientar os impactos negativos advindos do crescimento agrícola no país. De acordo com a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, em 40 anos, as áreas de cultivo no país cresceram 53%, representando um aumento significativo do agronegócio no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Mediante a esse panorama, pode-se inferir que, devido a esse avanço econômico, as áreas ambientais foram extremamente devastadas, haja vista as implicações erada a partir desse fenômeno, como queimadas florestais, desmatamento, compactação do solo e invasão de espaços de preservação. Destarte, essas consequências implicam não só em questões ecológicas mas também geram danos para população, posto que há, como resultado, um aumento da concentração fundiária, uso indevido de agrotóxicos e, principalmente da desigualdade.

Outrossim, vale ressaltar a negligencia pública no que tange ao controle desses impactos citados anteriormente. Segundo dados apurados pelo portal jornalístico O Globo, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não realizou 22% das operações de fiscalização ambiental previstas pelo governo federal em 2019. Devido a esse fato, evidencia-se uma falta de atuação administrativa por parte de nossos governantes em garantir a conservação do espaço natural do Brasil, intensificando problemas comuns, porém, não espontâneos, em território nacional. Por conseguinte, essas adversidades ocasionadas por ações antrópicas tornam-se questões de difícil resolução à medida em que, infelizmente, nota-se uma falta de consciência ambiental nos agentes reguladores da sociedade em virtude da desconsideração em garantir uma eficaz inspeção ecológica.

Diante do exposto, vê-se uma questão de grande impacto que necessita de medidas atenuantes para soluciona-lo. Desse modo, o poder legislativo deve criar leis que limitem o avanço do agronegócio no país mediante a regras que delimitem, em porcentagem, a áreas de cultivos e pastagem no espaços naturais, de forma que diminua os danos desse crescimento devastador. Além disso, urge que o Ministério do Meio Ambiente aumente o contingente de agentes do Ibama, por meio da realização de concursos públicos anuais que destine indivíduos para essa instituição, com o intuito de que haja um aumento da fiscalização ambiental no país.