As redes sociais foram desenvolvidas com o objetivo de conectar pessoas distantes e compartilhar informações e conteúdos. Hodiernamente, esse objetivo deixou de ser o principal, foram adicionadas diversas funções aos aplicativos como por exemplo filtros e efeitos que permitem que as pessoas manipulem sua própria imagem. No entanto, essas funções citadas acabam infundo um arquétipo de beleza que por sua vez, afeta a saúde mental dos jovens ocasionando em baixo auto estima e depressão por não conseguir enxergar a essa perfeição utópica.
A priori, é imperioso evidenciar que a padronização da beleza é tida como um "fato social" que influencia diretamente na saúde psicológica dos jovens. Segundo o sociólogo Émile Durkhein, um fato social é toda maneira de agir que é suscetível a uma pressão externa ou, ainda, que é geral na extensão da sociedade independente de manifestações individuais apresentando uma existência própria. Desse modo, é possível dizer que o modelo de beleza imposto pela sociedade é um fato social, que por ser o tópico é intangível faz com que os jovens, sendo mais suscetíveis a isso, que buscam se encaixar na sociedade manipulem imagem para tentar se enquadrar em um grupo social provocando um desgaste emocional desnecessário.
Outrossim, vale ressaltar que essa busca pela perfeição e inatingível de um ideal para se encaixar em um grupo social gera problemas psicológicos. Nessa perspectiva, um estudo realizado pela revista "Lancet" feito com 10 mil jovens canadenses com idade entre 12 e 14 anos revelou que quem passa mais de 5 horas por dia em redes sociais têm mais de 40% de chance de sofrer de depressão, isso devido a constante exposição as imagens de vidas e rostos perfeitos que acaba ocasionando em baixa autoestima e sentimentos de inferioridade.
Em suma, é necessário cuidar da saúde mental dos indivíduos. Assim sendo, cabe ao ministério da Saúde criar uma companhia sobre "a autencidade das redes sociais e os cuidados necessários", publicados pelas mídias sociais do Brasil e reforçadas pelas escolas por meio de reuniões e palestras de psicólogos convidados pelas instituições a fim de concientizar as pessoas sobre o melhor modo de utilizar as mídias sociais e o perigo de se comparar ao que é visto lá. Só assim conseguiria atenuar essa imposição da sociedade.