No filme Wall-e, é contada a história de um robô que vivia sozinho na Terra e cuja função era limpar o lixo acumulado pelos homens. A ficção ilustra um dos possíveis destinos do planeta daqui a alguns séculos, caso a humanidade não tome medidas que englobem a sustentabilidade e entenda os riscos de sobrepor desenvolvimento à ecologia.

De início, é válido ressaltar que a maneira gananciosa com a qual o homem vem tratando a natureza é fruto do advento do capitalismo. Esse modelo gerou uma visão imperialista, sobretudo acerca do meio ambiente, em que o ser humano tem a carência de transformá-lo para ter dinheiro e poder. Ademais, um fator que agrava o cenário é a falta de coletividade, já que ser sustentável é constituído pelo fazer e pela visão de futuro em conjunto com os outros, como afirmou a política Marina Silva, pontuando a urgência de perspectiva de mudanças.

No entanto, tal necessidade se mostra cada vez mais presente, visto que predomina até hoje no país a visão do lucro acima de tudo. Isso se exemplifica na devastação com a qual sofreu a Mata Atlântica desde a colonização, com as extrações de recursos e ocupação do litoral, no desmatamento do Cerrado desde os anos 70, com o estímulo de ocupações interioranas pelo governo e fomento ao agronegócio para exportações, etc. Tais processos históricos ilustram o alto preço que a natureza paga para sustentar esse desenvolvimento desenfreado.

Portanto, medidas se tornam imprescindíveis para o bem-estar do futuro no planeta. Para isso, o Ministério da Economia, junto ao Instituto de Pesquisas Ecológicas, ONG ambiental, deve montar os planos de progresso econômico com base nos limites da flora e fauna do país, de modo a almejar as metas sem saturar o meio. Ademais, o Ministério da Educação deve instituir um projeto de conscientização nas escolas, com passeios pelos biomas, mostrando a beleza e a pressa de os proteger. Assim o Brasil pode contribuir para outro destino do mundo: o da esperança.