Na música "Somos como os nossos pais" lançada em 1976 interpretada pela cantora Elis Regina. É cantada sobre uma sociedade que leva vivências reproduzidas através de sua criação. Observa -se que a realidade contemporânea, age conforme ao decorrer da canção. Isso explica, como o abandono partenal é naturalizado e práticas do machismo estrutural, estão presentes na criação de crianças e adolescentes no Brasil.
A naturalização da ausência paterna na sociedade brasileira é um ponto crucial, para notar a escassa fiscalização no cumprimento de ações governamentais. Mesmo com leis que assegurem a pensão alimentícia e até o abandono afetivo, o sistema é falho, tornando incapaz o bem-estar de muitas famílias brasileiras, que segundo o IBGE cerca de 12 milhões de lares são chefiados por mulheres.
Reproduzidos por fundamentos vazios e de puro machismo, mulheres são ensinadas a serem destinadas a cuidar do lar e responsabilizadas pela criação de seus filhos. Devido a isso, somos acostumados por ensinamentos patriarcais que é dever apenas da mulher a criação de crianças e adolescentes. Fortalecendo a desigualdade de gênero e prejudicando o crescimento das crianças.
Nessa lógica, necessita-se de ações responsáveis empenhadas na harmonia dessas famílias. O estado precisa agir ao lado do ministério da justiça. É necessário reforçar o papel paterno na criação de seus filhos e reforçar a fiscalização dos direitos previstos nos artigos 1.694 a 1.710 do código Civil, que torna a pensão alimentícia um direito. Assim, fortalecer leis com incentivo das denúncias e que o descumprimento seja penalizado. Afim do crescimento saudável físico e mental da população familiar brasileira.