Atualmente no Brasil cerca de 60% da população não têm acesso à internet. Em se tratando do uso de aparelhos tecnológicos, o número é bastante semelhante. Levando em conta a crescente desigualdade social que o país enfrenta, esta estimativa só tende a piorar.

Portanto, nota-se que a implementação de telemedicina no Brasil é um privilégio ofertado a uma minoria populacional que conta com recursos próprios.

Certa vez, o pesador e filósofo chinês Confúcio, disse: “não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.” Tendo isso em vista, é evidente que, para que ocorra uma inovação desse porte na medicina brasileira, deve-se primeiro tratar o enorme problema que é a desigualdade social ao acesso à tecnologia no Brasil.

Ademais, a carência de ajuda governamental às famílias carentes, que na grande maioria das vezes, mal conseguem obter consulta médica presencial, apenas agrava e torna ainda mais clara a disparidade econômica nacional.

Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Tecnologia e Meio-Ambiente, deve iniciar uma ação conjunta com o Banco do Brasil na forma de subsídios que funcionariam como uma complementação ao SUS. As famílias menos favorecidas serão agraciadas com aparelhos tecnológicos e internet gratuita sempre que precisarem de ajuda médica teleguiada, desde que provem a falta de acesso a tal recurso. Dessa forma, combater a diferença econômica das famílias brasileiras, em se tratando da obtenção da telemedicina, seria menos trabalhoso.