No livro “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, a personagem Macabéa migra para o Rio de Janeiro e enfrenta o preconceito por seu sotaque alagoano. Nesse sentido, torna-se perceptível que ficção e realidade fundem-se, uma vez que não é incomum deparar-se com casos de discriminação linguística no cotidiano nacional. Dessa forma, cabe discutir os efeitos dessa problemática no Brasil.

Em primeiro plano, sabe-se que há valorização de determinados sotaques no país em detrimento de outros, fator potencializado por eventos como o Congresso de Língua Falada em 1956, que determinou o dialeto carioca como oficial. Isso ocorre devido a normalização do modo de falar no eixo Centro-Sul pela mídia, enquanto estereotipa os do Norte e do Nordeste, por uma visão xenofóbica que considera essas regiões como menos prestigiadas. Consequentemente, pode-se observar, pela baixa representatividade da diversidade linguística, a construção da hierarquização de dialetos e o fortalecimento do preconceito.

Outrossim, é perceptível que a discriminação linguística é uma potencializadora da exclusão social. Tal afirmativa justifica-se, haja vista que aqueles que são provenientes de locais vistos como menos prestigiados recebem tratamento desigual perante a sociedade, vítimas de preconceito por sua maneira de se comunicar. Com isso, pode-se afirmar que nesse aspecto há o desrespeito à Constituição, já que a Carta Magna afirma que ninguém poderá ser submetido a um tratamento desumano ou degradante, contribuindo para o estabelecimento da desigualdade entre os sujeitos em território nacional.

Depreende-se, portanto, que o preconceito linguístico é uma problemática que necessita de medidas enérgicas de solução. Para tal, é preciso que o Ministério da Educação, em parceria com as secretarias estaduais, promova nas escolas o respeito às variações de comunicação. Isso deve ocorrer por meio de aulas em que os professores ensinem aos alunos sobre a existência de dialetos de todo o país e que a discriminação desse gênero é inaceitável. Com tais medidas, objetiva-se o fim desse fenômeno que limita as diversas formas de se expressar na língua portuguesa. Sob tal perspectiva, é possível que as macabéas de todo o Brasil não sofram mais com esse preconceito.

@Geralcinoj @Ashiley Alguém poderia corrigir, quando tiver tempo? obrigada

Olá, @ahyesterday. Boa noite. Corrigirei sim, entretanto demorará alguns dias (dois em específico).

ahyesterday escreveu:@GlendaMorais @Jeniffeeee Boa tarde Alguém poderia corrigir, quando tiver tempo? obrigada

@GlendaMorais
@Jeniffeeee

Assim que possível!

CORREÇÃO (X)

No livro “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, a personagem Macabéa migra para o Rio de Janeiro e enfrenta o preconceito por seu sotaque alagoano. Nesse sentido, torna-se perceptível que ficção e realidade fundem-se, uma vez que não é incomum se deparar(1) com casos de discriminação linguística no cotidiano nacional. Dessa forma, cabe discutir os efeitos dessa problemática no Brasil.(2)

Em primeiro plano, sabe-se que há valorização de determinados sotaques no país em detrimento de outros, fator potencializado por eventos como o Congresso de Língua Falada em 1956, que determinou o dialeto carioca como oficial(3). Isso ocorre devido a normalização do modo de falar no eixo Centro-Sul pela mídia, enquanto estereotipa os do Norte e do Nordeste, por uma visão xenofóbica(4) que considera essas regiões como menos prestigiadas. Consequentemente, pode-se observar, pela baixa representatividade da diversidade linguística, a construção da hierarquização de dialetos e o fortalecimento do preconceito.

Outrossim, é perceptível que a discriminação linguística é uma potencializadora da(5) exclusão social. Tal afirmativa justifica-se, haja vista que aqueles que são provenientes de locais vistos como menos prestigiados recebem tratamento desigual perante a sociedade, vítimas de preconceito por sua maneira de se comunicar. Com isso, pode-se afirmar que nesse aspecto há o desrespeito à Constituição, já que a Carta Magna afirma que ninguém poderá ser submetido a um tratamento desumano ou degradante, contribuindo para o estabelecimento da desigualdade entre os sujeitos em território nacional.

Depreende-se, portanto, que o preconceito linguístico é uma problemática que necessita de medidas enérgicas(7) de solução. Para tal, é preciso que o Ministério da Educação, em parceria com as secretarias estaduais, promova nas escolas o respeito às variações de comunicação. Isso deve ocorrer por meio de aulas em que os professores ensinem aos alunos sobre a existência de dialetos de todo o país e que a discriminação desse gênero é inaceitável. Com tais medidas, objetiva-se o fim desse fenômeno que limita as diversas formas de se expressar na língua portuguesa. Sob tal perspectiva, é possível que as macabéas de todo o Brasil não sofram mais com esse preconceito.

Observações:
(1)-Não há justificativa do uso da ênclise.
(2)-Não é obrigatório, mas ficaria melhor a estrutura da introdução se fosse apresentado as causas que são/serão trabalhadas nos desenvolvimentos.
(3)-Recomendo que não junte dois elementos do desenvolvimento no mesmo período. Primeiro apresente qual é o problema e em seguida, em outro período, apresente o seu repertório.
(4)-Xenofobia? Deixo uma definição sobre isso do Wikipédia:
*Xenofobia é o medo, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas que vêm de fora do seu país com uma cultura, hábito, raça ou religião diferente.
(4)-A palavra etnocêntrico encaixa melhor
(5)-Você flexionou muito a palavra "potencializar". É arriscado fazer isso. O ideal seria simplesmente escrever: ...potencializa a exclusão social.
(6)-Você trouxe a mesma narrativa no segundo desenvolvimento. É como ter falado a mesma coisa com outras palavras. Fale de problemas divergentes. Pode ser específico, não tem problema.
(7)-Linguagem coloquial.
(8)-A sua proposta de intervenção está dividida em vários períodos sem necessidade (Justaposição). Isso já torna impossível tirar 200 na competência 1.
(9)-Eu só não vi o detalhamento evidente. Parece que ele está no meio ou não possui. Vou considerar que tenha.

@ahyesterday, nada a acrescentar. Espero seu próximo texto!

@Geralcinoj, Obrigada Não acho que você seguiu muito bem o critério de correção do ENEM, mas agradeço o esforço

Ashiley escreveu:@ahyesterday, nada a acrescentar. Espero seu próximo texto!

Obrigada!!!

ahyesterday escreveu:@Geralcinoj, Obrigada Não acho que você seguiu muito bem o critério de correção do ENEM, mas agradeço o esforço

Eu usei sim! Eu até fui revisar alguns aspectos da sua redação no manual do corretor antes de falar. Eu só acho que fui bastante radical na observação (6). Você poderia falar o que discorda do que falei? Talvez eu realmente não esteja utilizando o critério de correção do Enem e quero saber o que você pensa para formular melhor o que você falou.