No futuro distópico descrito na obra cinematográfica "Wall-E", a humanidade abandonou o planeta que conhecemos como lar e passou a viver no espaço, visto que o absurdo acúmulo de lixo tornou impossível a vida humana na Terra. Através dessa observação, é notável como a situação atual de descarte de lixo no mundo facilmente pode nos aproximar da visão apresentada no filme em algumas décadas. Analisando um cenário mais específico, cada vez mais as ruas brasileiras têm se assemelhado à paisagem de "Wall-E".
Em primeiro lugar, segundo o WWF (World Wide Fund for Nature), o Brasil é o quarto país que mais produz lixo no mundo. Dentre as grandes causas desse ranking preocupante, está a má administração governamental, que não mostra interesse em desenvolver tratamentos eficazes em lixões, ou a falta da correta conscientização de organizações para as pessoas sobre o descarte adequado do lixo, consequentemente gerando discussões superficiais e rasas entre uma sociedade que não é informada sobre a profundidade do empecilho.
Além disso, a poluição do meio ambiente, a degradação da paisagem, a vida vegetal e animal afetada e a extinção de hábitos rotineiros estão entre as consequências do excesso de lixo no Brasil. Um claro exemplo que incluiu todos esses fatores foi na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Houve grande preocupação dos atletas ao terem que competir modalidades aquáticas na Baía de Guanabara, altamente poluída por resíduos.
Diante do exposto, o Ministério do Meio Ambiente, junto com o Ministério da Economia, deve abrir postos que troquem resíduos recicláveis e sacos de lixo para objetos e utensílios usados que não servem mais para o dono. A ação ocorrerá por meio de leis e propagandas instrutivas. Assim, uma porcentagem de lixo que seria jogado fora inadequadamente, será tratado corretamente. Outra porcentagem será reutilizada por outras pessoas, incluindo famílias sem condições financeiras. Espera-se que com essa ação, a conscientização ambiental no Brasil cresça.