A série estadunidense Grey’s Anatomy apresenta, como uma de suas personagens, uma médica com deficiência auditiva. Na ficção, ela não precisa enfrentar preconceitos para estar na equipe de colegas que integra, porém, a realidade brasileira mostra-se muito diferente da retratada no seriado. Na vida real, os surdos enfrentam muitos desafios que acabam por gerar consequências em suas vidas.
Segundo a Constituição brasileira, o acesso à educação é um dos inúmeros direitos de qualquer cidadão, no entanto, na prática, a formação educacional é um desafio, principalmente para os surdos. O principal motivo desse desafio é o preconceito. Crianças surdas tem maior tendência a sofrerem bullying, pois, muitas vezes, elas são consideradas diferentes dos demais alunos e isso afeta a sua adaptação na escola. Prova disso é o pequeno número de matrículas de crianças deficientes em escolas de ensino básico.
Além disso, o preconceito contra os surdos também é ilustrado na contratação de funcionários em empresas, já que os chefes geralmente preferem contratar pessoas sem deficiências. Isso significa que essa parcela da população tem maior dificuldade para conseguir o seu salário próprio e, consequentemente, melhores e mais independentes condições de vida.
Contudo, a mudança dessa situação poderia ser alavancada por campanhas e palestras feitas pelo MEC (Ministério da Educação) e propagadas em escolas com o objetivo de conscientizar e extinguir o preconceito entre as crianças surdas. A somar, o Ministério da Economia pode criar um novo programa de contratação de funcionários em empresas, estimulando um número mínimo de pessoas deficientes que devem contratadas, a fim de incentivar a sua entrada no mercado de trabalho. Juntas, essas ações melhorariam a qualidade de vida dos surdos e aumentaria a sua participação na sociedade.