Após a terceira Revolução Industrial houve diversos avanços no campo tecnológico, cientifico e informacional que culminaram no desenvolvimento de novas tecnologias, facilitando a vida de milhões de pessoas e aumentando a produção industrial. Entretanto, à medida que a tecnologia se tornou acessível a grande parte da população, seu uso exacerbado também aumentou na sociedade. Com o excesso do hábito, surge na sociedade contemporânea inúmeras consequências relacionadas ao mau uso tecnológico, como os prejuízos à saúde mental, devido sobretudo à grande influência das redes sociais na vida do indivíduo contemporâneo, assim como a dependência tecnológica, decorrente do grande tempo de exposição aos mecanismos da tecnologia.
É relevante abordar, primeiramente, o impacto causado pelas redes sociais a saúde mental do sujeito moderno. Nessa perspectiva, o documentário “O Dilema das Redes” faz uma análise dos efeitos nocivos que as redes podem causar à mente humana, como manipulação ideológica e transtornos psicológicos. Dessa forma, o indivíduo, exposto constantemente a esse sistema de interação social, assume grande parte das informações expressas como verdade, sem uma reflexão crítica acerca destas. Logo, as consequências são extremamente prejudiciais ao corpo social, e vão desde o enfraquecimento da democracia até o suicídio em massa.
Paralelo a isso, vale também ressaltar a grande e exacerbada dependência tecnológica vigente. No filme “Modo Avião”, a personagem Ana é extremamente dependente e obcecada por aparelhos tecnológicos e pela conexão virtual que eles proporcionam, aos poucos e sem perceber, essa necessidade começa a causar danos a sua vida. Analogamente ao longa-metragem, a sociedade atual engloba um enorme vicio tecnológico, alimentado por horas e horas de exposição. Esse fato propicia a supressão de experiência reais, processo profundamente importante para a construção social e individual do ser humano.
Portanto, surge a necessidade de adotar medidas para mitigar essa problemática. A Instituição Educacional, formadora do ser, precisa fomentar o debate sobre o assunto, por meio de aulas, palestras e seminários, afim de estimular a reflexão crítica nos alunos. O Estado, por meio de leis, deve impor limites às empresas de tecnologia, visto que muitas utilizam algoritmos como forma de estimular o vício entre seus usuários. Além disso os cidadãos devem adotar uma postura combativa em relação ao excesso do hábito, afim de reduzi-lo. Assim, a sociedade poderá usufruir dos benefícios da tecnologia de forma consciente.