Segundo a Declaração Universal dos Direitos humanos adotada e proclamada pela ONU em 1948, todo ser humano tem direito a habitação e bem-estar social. Entretanto, atualmente o que se vê é que tais direitos não são homogêneos a todos, uma vez que milhares de pessoas são desprovidas de moradia e vivem nas ruas. Sendo então, parte de um fragilizado setor da sociedade, tais pessoas não usufruem dos seus direitos, e sofrem diariamente com o preconceito e com a violência.
Por definição, moradores de rua são pessoas de extrema pobreza, com vínculos familiares fragilizados que não possuem moradia convencional regular, e utilizam espaços públicos para se abrigar temporária ou permanentemente. Portanto, muitos destes sofrem preconceito e discriminação pois são taxados como mendigos, analfabetos ou preguiçosos por não ter um emprego. Porem, grande parte dos indivíduos desse grupo sabe ler e escrever e não conseguem ingressar no mercado de trabalho por conta da exclusão social.
Por conseguinte, a desigualdade social é intensificada e o senso de humanidade, em muitas pessoas de outras classes, é deixado de lado. A violência física e mental contra moradores de rua, praticada por pessoas de má índole é cada vez mais notável nas mídias social digitais. A expulsão arbitraria de locais públicos, agressões e até mesmo homicídios é a realidade de muitos que usam a rua como abrigo e a chamam de lar.
Portanto, é mister que o Estado tome providencias para amenizar o quadro atual. Para a melhoria da situação de rua, urge que o Governo Federal crie, por meio de verbas governamentais e investimentos, projetos de reinserção social desse grupo nos diversos setores da sociedade como educação, emprego e lazer, visando o bem-estar mental e a prática dos direitos inerentes a todo ser humano. Somente assim a sociedade brasileira poderá quebrar paradigmas de desigualdade e estará, então, mais perto do desenvolvimento social.