Para responder essa questão é de indubitável importância analisar a educação patriarcal paltada numa mentalidade arcaica que culpaliza a vítima, aliada à cultura do estupro que objetifica a mulher.
Em primeiro plano é de suma importância a abordagem de comportamentos socias machistas que permitem a consolidação da cultura do estupro. A psicóloga Arielle Sagrillo-Scarpati considera que a cultura do estupro transfere a culpa da violência sexual para a Vítima. Tal perspectiva é notável na serie Thirteen Reasons Why que narra ao fim primeira temporada o estupro da jovem Hannah Baker, ao relatar o ocorrido ao conselheiro da escola ela é constrangida por questionamentos que visam a justificativa do delito, sendo este um dos fatores que a levou a cometer suicídio. O idealismo machista fecha os olhos para o abusador e abre uma série de questionamentos a fim de justificar o abuso. Nasce a inversão de valores que responsabiliza a mulher estuprada.
Em 2018 foi realizada , na Bélgica, uma exposição com roupas que vítimas de estupro usavam no dia do abuso. Sendo a maioria roupas recatadas, o objetivo era quebrar ideias machistas que ligam o estupro ao uso de roupas provocantes. Ademais, o comportamento da mulher e o horário que ela fica na rua são razões que na visão machista contribuem para o crime sexual. No entanto segundo o artigo 5 da constituição de 1988 a mulher é igual ao homem em direitos e deveres, sendo esta livre para sair quando quer e usar a roupa que deseja.
É válido abordar ainda, o retrato familiar patriarcal que culmina na educação de homens machistas e mulheres submissas e restritas ao papel de dona de casa.Como coloca o cantor Kurt Cobain o problema começa quando tentam ensinar a mulher a como se comportar mas não ensinam os homens a não estuprarem. Também é necessária compreender as contribuições do conteúdo midiático na sexualização e banalização do corpo feminino, visto que constroe imagens sexistas que desmoralizam as mulheres. Além disso, o estupro precisa ser enquadrado pela perspetiva da vítima de forma a assegurar o cumprimento da justiça e não uma provável depreciação da mulher.
Dado o exposto acima, é indubitável a culpalização da vítima de estupro no Brasil. Sendo assim, seria interessante que o Ministério da Mulher, da Família e dos direitos Humanos ( MMFDH) em parceria com as delegacias da mulher e com apoio das mídias digitais ornamentasse um Plano Nacional Contra A Culpalização Da Vítima De Estupro. Este deverá oferecer apoio psicológico, bem como disseminar propagandas em TV aberta à nivel nacional com o slogam " Elas não são culpadas " . Também através deste plano caberia às redes sociais punir com denúncia pública e banição do meio virtual o usuário que de alguma forma desrrespeite a vítima de violência sexual ou incite práticas de constrangimento à mesma. O poder legislativo poderia interferir ainda criando a lei que torne a culpalização da vítima de estupro crime e que preveja pena de prisão inafiançável. Dessa forma, a culpa do abuso recairá unicamente sobre o abusador e situações como a vivenciada por Mariana Ferrer serão abolidas num futuro próximo.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 130
Você atingiu aproximadamente 70% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 170
Você atingiu aproximadamente 90% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 150
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 130
Você atingiu aproximadamente 70% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo parcialmente aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 160
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.