Segundo o pensamento do jornalista Émile-Auguste Chartier, “O trabalho é a melhor e a pior das coisas: a melhor, se for livre; a pior, se for escravo.”. Esse pensamento, mesmo nos dias atuais, mostram uma realidade quase sempre ignorada e pouco comentada pelos veículos de mídia.
Mesmo que a escravidão tenha sido abolida a 132 anos atrás, o Brasil possui cerca de 161 mil pessoas em situação de trabalho escravo. Ainda que, em comparação com outros países, o índice seja baixo, o número ainda é alarmante. A concentração de pessoas exploradas acontece principalmente em áreas rurais, em especial no cerrado e na Amazônia. A maioria desses indivíduos tem baixa escolaridade e se submetem a esse tipo de trabalho em busca de melhores condições.
Apesar do código penal proibir que uma pessoa seja submetida a um regime escravo ou até mesmo tratada como mercadoria, alguns cidadãos não sabem dos seus direitos, e por isso, aceitam formas de trabalho aonde são privadas de sua liberdade. Em alguns casos, essas pessoas são enganadas e obrigadas a prestar serviços sem remuneração. Um dos fatores que contribuem para essas situações são a pobreza e a falta de oportunidades.
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para que indivíduos em situações de miséria tenham possibilidades de melhorar de vida. Com isso, programas sociais devem ser criados para a capacitação de pessoas carentes, a fim de que a população tenha qualificação para vagas de empregos. Além disso, é importante que cada um tenha consciência dos próprios direitos, para que assim todos tenham liberdade.