Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, econômicas e políticas é característica da "Modernidade Líquida", iniciada no século XX. Esse cenário, marcado pela ausência da ideia de contenção e de pensamentos a longo prazo, ainda é possível ser observado nos dias atuais, inclusive em questões que evidenciam o restrito acesso ao conhecimento informacional na contemporaneidade. Nesse contexto, torna-se necessária a análise da importância e dos desafios da informação segura no Brasil, intrinsicamente relacionada a fatores político-estruturais e socioculturais.

Em primeiro lugar, é indubitável mencionar a importância do tema em destaque, e o relacionar com a face política. Nesse sentido, quando um indivíduo se compactua com informações confiáveis, consequentemente ele evita processos de alienação e garante seu lugar de fala. Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o direito de acesso às informações legítimas aos cidadãos brasileiros; na prática, essa garantia jurídica não é totalmente efetivada. Isso acontece devido à notória quantidade de informações falsas na internet – conhecidas como "fake news" – que induzem os usuários da web a acreditarem em conteúdos não verídicos e, muitas vezes, criminosos. Um exemplo desse panorama perverso é a divulgação de notícias falsas no âmbito da política, já que o recurso controverso citado pode ser utilizado como mecanismo de jogo eleitoral. Então, infere-se que a virtualização brasileira atual é um alavanca a concepções errôneas e à divulgação de conteúdos não legítimos.

Em segundo lugar, vale mencionar o lado econômico do tema em evidência. De acordo com Milton Santos, geógrafo nacional, o suporte tecnológico é concentrado na região centro-sul, ou seja, nem todos indivíduos são contemplados pelo acesso à internet ou a outros meios de comunicação. Isso é confirmado pelo IBGE; em que mais de 25% da população brasileira não possui contanto com a dimensão virtual. Nesse espectro, entende-se que muitos indivíduos são privados do conhecimento informacional, de forma a corroborar com a alienação, isto é, acreditar em fontes não oficiais. Por conseguinte, a desigualdade tecnológica relatada influencia na concentração teórica, conforme abordado pelo geógrafo.

Portanto, é de fundamental Importância a alteração da problemática em vigência, com a adoção de novas perspectivas e mudanças. Sendo assim, cabe ao MCTIC – Órgão Ministerial responsável pelo âmbito da internet – fiscalizar as ações dos usuários em período integral, por meio da punição a crimes cibernéticos – em especial – as fake news, a fim de que nenhum empasse perverso na web seja propagado. Ademais, urge que o Ministério da Economia conceda verbas às prefeituras municipais, para que essas invistam internet de custo reduzido à população de baixa renda. Como resultado, garantir-se-á o combate à liquidez contemporânea, teorizada por Bauman.

@Caio22,

1° parágrafo - Muito bem fundamentado, apresentando a tese a a problematização do tema.

2° parágrafo - você argumentou bem, mas não me apresentou um repertório pertinente e produtivo, que ajuda-se a dar veracidade a sua opinião. Ficou mais um parágrafo de opinião própria.

3° parágrafo - Esse se difere do anterior, ele traz um repertório pertinente e produtivo ao tema além de aparecer a parte argumentativa e de opinião.

4° parágrafo - Você trouxe dois pontos de intervenção, porém nenhum deles teve a definição de um modo (como vai fazer?) e um detalhamento (aprofundamento do agente, ação, modo ou efeito).

Espero ter ajudado, qualquer dúvida estou aqui.