Historicamente, em 1986 ocorreu a criação do Zé Gotinha, símbolo das campanhas de vacinação, que tem como intuito familiarizar as crianças com as vacinas. Desse modo, não há dúvidas sobre a importância dessas campanhas, porém, mais de 30 anos após o ocorrido, o Brasil ainda enfrenta dificuldades sobre o assunto, como o movimento antivacina e a queda da cobertura vacinal.
Em primeiro plano, o movimento antivacina, foi considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, como uma ameaça a saúde global, por ser um movimento mundialmente crescente que dissemina as chamadas "Fake News" pelas plataformas informacionais. Os antivacinas acreditam que na ineficácia das vacinas e na sobrecarga que comprometerá o sistema imunológico, caso muitos doses forem aplicadas. Sem embasamento científico, esse movimento estimula a resistência a vacinação no país, pois segundo um levantamento feito pelo IBOPE, 67% da população brasileira já acreditou em pelo menos uma informação falsa com relação a vacinas na internet.
Outrossim, é valido ressaltar a queda da cobertura vacinal que envolve fatores sociais, econômicos e culturais. De acordo com os dados do PNI (Programa Nacional de Imunização), a taxa da cobertura vacinal caiu de 95% para 71% entre 2015 e 2018. Esse declínio preocupa as autoridades, uma vez que o Brasil é exemplo internacional nas campanhas de vacinação e imunização, e principalmente porque pessoas não vacinadas tornam-se mais suscetíveis a doenças controladas no país.
Diante dos fatos mencionados, é notório a necessidade de solucionar esse dilema. Para isso, faz-se necessário que o Ministério da Saúde seja capaz de promover ações informativas, afim de aprimorar as campanhas de vacinação no Brasil. Além disso, é preciso ainda que o Ministério da Comunicação promova as campanhas de vacinação, pelos meios de comunicação como rádio, televisão e redes sociais.