A doação de órgãos é um tema complexo e polêmico que tem despertado várias discussões. A falta de conhecimento, a ausência de programas de conscientização e a falta de estrutura são problemas que contribuem para fomentar os preconceitos existentes.

Apenas no ano de 2018, 43% das famílias, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), recusaram a doação de órgãos de seus parentes. Uma das justificativas mais comum pelo retorno negativo é devido a fragilidade emocional e a falta de conhecimento dos consultados, aponta estudo.

Enquanto isso, ocorre o empecilho ocasionado pela falta de estrutura. Visto que os hospital capacitados concentram-se nas regiões mais desenvolvidas, muitos lugares menos desenvolvidos ficam despreparados, sem a capacitação necessária. Consequentemente, há uma redução significativa na salvação de vidas.

Por exemplo, se uma pessoa oar os órgãos em Santarém, que está a mil quilômetros de distancia de Belém, e nenhum desses lugares faz transplantes, os órgãos teriam que ir para Brasília. Mas, caso seja um pulmão ou um coração, cujo prazo é de até quatro horas, não seria possível.

Conhecendo as barreiras citadas acima, é evidente que podem ser superadas. Para isso, cabe ao Ministério da Educação elaborar projetos visando a conscientização social, ministrados por profissionais do assunto. Além do mais, é necessário maior investimento do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, na infraestrutura de hospitais ao redor do país, promovendo assim a capacitação de mais locais e retardando a desigualdade entre as cidades.


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